O Estado de S.Paulo publicou uma reportagem sobre a Operação Zelotes que nos leva a reflexões. Como se sabe, está sendo investigada a compra de Medidas Provisórias baixadas pelos governos do PT. Vamos, então, conferir o importante texto do Estadão:
“Documentos apreendidos na Operação Zelotes reforçam o elo da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra com o grupo acusado de “comprar” medidas provisórias de interesse de montadoras de veículos no governo. A Polícia Federal encontrou nas casas de dois dos envolvidos anotações com referências à ex-ministra, o que, para os investigadores, indica “estreita” relação entre ela e os investigados.
Erenice foi secretária executiva da Casa Civil de 2005 a 2010, ano em que passou a ser titular da pasta, entre os meses de março e setembro, com a saída da então ministra Dilma Rousseff do cargo para se candidatar à Presidência. No período, duas MPs sob suspeita de terem sido “encomendadas” foram discutidas pelo órgão (471/2009 e 512/2010), antes de seguir para assinatura do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As citações à ex-ministra Erenice Guerra aparecem em relatórios da Polícia Federal sobre as apreensões feitas em endereços dos acusados. Na casa do lobista Mauro Marcondes Machado e da mulher dele, Cristina Mautoni, foi encontrado papel com as anotações “Erenice” e “conta 55 8654672″. O casal está preso desde outubro por suspeita de operar o suposto esquema das MPs.”
UM MULHER DE SORTE
O casal de lobistas (Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni) está preso a pedido da Polícia Federal em Brasília, mas a ex-ministra Erenice Guerra, que comanda hoje a mais vitoriosa empresa de lobby da capital (leia-se: “consultoria”) continua solta e montada na grana. Erenice é mesmo uma “sortuda”…
Mas acontece que, nos governos petralhas, aceitar ser ministro-chefe da Casa Civil é de altíssimo risco. O mais importante ocupante dele, José Pixuleco Dirceu, já está em cana. E seus sucessores Antonio Palocci e Erenice Guerra estão sendo investigados, assim como a própria Dilma Rousseff e Aloizio Mercadante, que também chefiaram a Casa Civil. É uma espécie de karma das gestões petistas.
11 de março de 2015
Celso Serra
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