"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de março de 2016

LULA NÃO QUER ACEITAR QUALQUER CARGO NO GOVERNO

ASSUMIR UM CARGO PASSARIA A MENSAGEM QUE OBJETIVO É O FORO PRIVILEGIADO

LULA TEM DITO QUE É PRECISO DESVINCULAR SUA EVENTUAL CONTRIBUIÇÃO AO GOVERNO DAS INVESTIGAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA POLÍCIA FEDERAL FOTO: PAULO PINTO


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer aceitar qualquer cargo no governo neste momento em que o Ministério Público de São Paulo pediu sua prisão preventiva. Para Lula, assumir um ministério agora passaria a mensagem de que ele está entrando na equipe apenas para obter foro privilegiado de julgamento, e não para ajudar a presidente Dilma Rousseff a sair da crise política.

A avaliação do ex-presidente foi transmitida ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que conversou com ele por telefone, na noite desta quinta-feira. Wagner fez o relato da conversa a Dilma e aos ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e também ao assessor especial Giles Azevedo, durante reunião que terminou agora há pouco, no Palácio da Alvorada.

A portas fechadas, Lula tem dito que é preciso desvincular sua eventual contribuição ao governo das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal. O ex-presidente admite que Dilma corre sério risco de impeachment se não conseguir segurar o PMDB na equipe nem mudar os rumos do governo.

Para o Palácio do Planalto, o Ministério Público de São Paulo jogou combustível na crise ao pedir a prisão preventiva de Lula, incitando representantes de movimentos sociais e militantes do PT a ocuparem as ruas em defesa do ex-presidente. O governo teme que as manifestações de domingo terminem em confronto entre os que pregam o impeachment de Dilma e os discípulos de Lula. A ordem é desestimular atos do PT neste dia porque, na percepção do Planalto, qualquer conflito será debitado na conta de Dilma, de Lula e do partido.(AE)


11 de março de 2016
diário do poder

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