HOMEM-BOMBA QUE DETONOU MERCADANTE TRABALHA COM DELCÍDIO HÁ 13 ANOS

OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA
FOI ELE QUEM GRAVOU A PROPOSTA INDECENTE DE ALOIZIO MERCADANTE

MARZAGÃO GRAVOU DUAS CONVERSAS COM MERCADANTE, HOMEM DE CONFIANÇA DE DILMA. (FOTO: MÁRCIA TROVESSONI)

Trabalhando há treze anos para Delcídio Amaral (PT-MS), o assessor José Eduardo Marzagão foi a pessoa procurada pelo ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff e ministro da Educação Aloizio Mercadante para oferecer dinheiro e lobby político em troca do silêncio do senador e do seu compromisso de não procurar o Ministério Público Federal (MPF) e não colaborar com as investigações da Operação Lava Jato.

No depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) homologado nesta terça-feira, 15, no Supremo Tribunal Federal (STF), Delcídio afirma que, durante o período em que esteve preso preventivamente por causa da Operação Lava Jato, Marzagão foi procurado em três ocasiões no mês de dezembro do ano passado por uma assessora de Mercadante conhecida como Cacá e pelo próprio ministro.

Marzagão gravou as conversas que teve com o ministro, que passou um recado para Delcídio "ter calma e avaliar muito bem a conduta a tomar, diante da complexidade do momento política". 

O ministro da Educação teria prometido que a situação de Delcídio se resolveria e que o pagamento de honorários com advogados "poderia ser solucionado". 

O parlamentar disse aos investigadores que o recado era de que o PT bancaria sua defesa.

Delcídio também afirmou que acredita que o ministro agia como emissário da presidente Dilma Rousseff. 

Segundo o ex-líder do governo no Senado, Mercadante é um dos poucos que possui a confiança da presidente, e que teria dito que "se ela tiver que descer a rampa do Planalto sozinha, eu descerei ao lado dela".

Em outra conversa de Marzagão com Cacá, a assessora de Mercadante, ela teria dito que a promessa feita pelo ministro a Delcídio não tinha sido esquecida. E que Mercadante procuraria o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para que eles tomassem partido a favor da soltura de Delcídio.

O senador também afirmou que Mercadante iria "abrir a porteira" se Delcídio contasse ao MPF o que sabia. Mas que, apesar disso, salientava que o deixaria a vontade para decidir o que achasse melhor. 

Para Delcídio, essa posição reforçava a intenção de Mercadante para que o senador permanecesse calado.

O ex-líder do governo firmou o acordo com a PGR para colaborar com as investigações e fez acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, após ter ficado quase três meses na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

16 de março de 2016
diário do poder

NOTA AO PÉ DO TEXTO

A delação premiada transformou-se num autêntico EI... É homem-bomba pra tudo que é lado. E a cada delação-bomba, voam políticos dos seus bueiros, correndo em busca de novas tocas. 
Nunca Brasília sofreu tantos atentados! Ninguém escapa das delações dos que foram pegos com a 'boca na botija' e que abreviam a estadia na 'cana dura' da Papuda. Não importa quem são os mortos e feridos... Se estava junto, cana nele!

A cada detonação, digo delação, os mais inesperados (mas sempre esperados...) nomes políticos aparecem como verdadeiros fantasmas assombrando a já combalida República.

Que não reste escombros dessa corrupção deslavada que ameaça até mesmo a ordem do direito, a democracia e as instituições. 

A nação está cansada de assistir a orgia e os indecentes arrotos de ratazanas gigantes que devoram sem dó nem piedade o queijo da nação, lançando o país no caos econômico e incentivando a desordem social. 
Se já carregávamos o estigma de um dos países com a mais baixa distribuição de renda do planeta, desnecessário se fazia que esse partido malsão e seus agregados contribuíssem decisivamente para o aprofundamento da desigualdade. (E não me venham falar do mito das bolsas!)

Tudo indica que se não chegamos ainda, estamos perto de afastar da vida pública os safados que se ocultam nas sombras das escuras vielas da bandalheira e do roubo. Que se escondem nas dobras do corporativismo vergonhoso, no compadrio de 'abraço de afogado'.

Que o forte apache curitibano mantenha-se em pé e mande esse bando de mequetrefes travestido de celebridades políticas e empresariais, ver o sol quadrado.

Assim o Brasil inteiro, ANSIOSO, torce e espera! 
(Quando me refiro ao "Brasil inteiro" aponto para aqueles brasileiros que foram às ruas com suas bandeiras de ordem:
'fora Dilma, fora Lula, fora PT!' Basta de corrupção!)

m.americo