Conversa gravada mostra que o homem forte de Dilma e ministro da Educacao ofereceu dinheiro a Delcídio para evitar delação
A homologação da delação do senador Delcídio Amaral, divulgada com exclusividade por ISTOÉ há duas semanas, disparou o sinal de alerta no Planalto e levou a presidente Dilma a convocar mais uma reunião de emergência – na prática, ela não sai mais de seguidas reuniões de emergência nos últimos dias. Tudo porque, pela primeira vez na história do País, um ministro pode vir a ser preso em pleno exercício do cargo.
O titular da pasta da Educação e um dos principais interlocutores de Dilma, Aloizio Mercadante, foi acusado pelo senador Delcídio de ter lhe oferecido ajuda, inclusive em forma de dinheiro, para que ele desistisse da delação. A conversa entre o ministro Mercadante e o assessor do senador, Eduardo Marzagão, foi gravada e todo o material está incluído no processo. Com essas provas cabais, Mercadante deve ser acusado de obstrução da Justiça, tal qual o próprio Delcídio que foi preso após o vazamento de uma gravação onde ele negociava a fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró. A Procuradoria Geral da República (PGR) já estuda o pedido de prisão ao Supremo, segundo informações levantadas por ISTOÉ.
A reportagem da Revista apurou ainda que o STF, mesmo diante das evidências, só pode decretar a prisão de Mercadante se provocado neste sentido. Daí o aguardo pelo pedido da PGR. A gravação com o Ministro Mercadante tramando o silêncio de Delcídio coloca - ainda mais - a crise dentro do Planalto.
Na prática, ela mostra que o Governo se envolveu diretamente na tentativa de interferir nos rumos da justiça e deve servir para acelerar o processo de impeachment da presidente. A profusão de revelações sobre os meios ilegais de articulação do Governo também deve servir para retardar a ida do ex-presidente Lula para a bancada ministerial. Apontada como saída vergonhosa para blindá-lo contra a Lava-Jato, a ida do petista representa uma renúncia branca da presidente Dilma, que deve virar uma espécie de “rainha da Inglaterra” enquanto o Congresso e o TSE julgam o seu destino. A sociedade aguarda ansiosamente o desfecho desse devaneio federal.
15 de março de 2016
IstoÉ
in resistência democrática
A homologação da delação do senador Delcídio Amaral, divulgada com exclusividade por ISTOÉ há duas semanas, disparou o sinal de alerta no Planalto e levou a presidente Dilma a convocar mais uma reunião de emergência – na prática, ela não sai mais de seguidas reuniões de emergência nos últimos dias. Tudo porque, pela primeira vez na história do País, um ministro pode vir a ser preso em pleno exercício do cargo.
O titular da pasta da Educação e um dos principais interlocutores de Dilma, Aloizio Mercadante, foi acusado pelo senador Delcídio de ter lhe oferecido ajuda, inclusive em forma de dinheiro, para que ele desistisse da delação. A conversa entre o ministro Mercadante e o assessor do senador, Eduardo Marzagão, foi gravada e todo o material está incluído no processo. Com essas provas cabais, Mercadante deve ser acusado de obstrução da Justiça, tal qual o próprio Delcídio que foi preso após o vazamento de uma gravação onde ele negociava a fuga do ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró. A Procuradoria Geral da República (PGR) já estuda o pedido de prisão ao Supremo, segundo informações levantadas por ISTOÉ.
A reportagem da Revista apurou ainda que o STF, mesmo diante das evidências, só pode decretar a prisão de Mercadante se provocado neste sentido. Daí o aguardo pelo pedido da PGR. A gravação com o Ministro Mercadante tramando o silêncio de Delcídio coloca - ainda mais - a crise dentro do Planalto.
Na prática, ela mostra que o Governo se envolveu diretamente na tentativa de interferir nos rumos da justiça e deve servir para acelerar o processo de impeachment da presidente. A profusão de revelações sobre os meios ilegais de articulação do Governo também deve servir para retardar a ida do ex-presidente Lula para a bancada ministerial. Apontada como saída vergonhosa para blindá-lo contra a Lava-Jato, a ida do petista representa uma renúncia branca da presidente Dilma, que deve virar uma espécie de “rainha da Inglaterra” enquanto o Congresso e o TSE julgam o seu destino. A sociedade aguarda ansiosamente o desfecho desse devaneio federal.
15 de março de 2016
IstoÉ
in resistência democrática
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