Aragão, o "alternativo". Foto: Veja |
O Reinado Azevedo escreveu um post dando a folha corrida do novo ministro da Justiça do PT. É da turma do dito "Direito Alternativo"ou "achado na rua, na sarjeta ou numa casinha de sapé". Foi ungido, pelo que consta, para tentar esfarelar a Operação Lava Jato. Se tentar melar o jogo Eugênio já é candidato fortíssimo a ser hostilizado imediatamente ao aparecer em lugares públicos 'deste país', como diria o Apedeuta. Leiam o que informa o Reinaldo:
O jogo vai ser pesado. Eles estão mesmo a fim de levar a provocação às ultimas consequências. O subprocurador-geral da República, Eugênio Aragão, é o novo ministro da Justiça. Mas e a proibição de se nomear alguém do Ministério Público, como está no Artigo 128 da Constituição?
Como já deixei claro aqui, vale para quem ingressou na carreira a partir de 1988. Se a questão voltasse ao Supremo, certamente se chegaria a outro resultado.
Eugênio Aragão, entrem na área de busca do blog, é um velho personagem desta página.
É conhecido por um trocadilho óbvio, autoexplicativo, dada a conta em que se tem, embora poucas pessoas partilhem da mesma avaliação: “Eu Gênio”. Abaixo, lembro algumas coisas sobre o gênio.
Ele foi, por exemplo, uma das pessoas que autorizaram uma campanha absurda do Ministério Público Federal contra a carne brasileira, lembram-se?, associando a produção a coisinhas como “trabalho escravo”, “dinheiro suspeito”, “sonegação fiscal”, “lavagem de dinheiro”, “violência”, “queimadas” e “desmatamento”. Escrevi à época um post a respeito.
Aragão é próximo da turma do “Direito Achado na Rua”, da UnB, e fez parte do grupo que queria uma “estatuinte” na universidade. Estatuintes em universidades costumam ser uma forma que as minorias têm de dar golpe em maiorias.
Escarafunchando as coisa aqui, encontrei esta notícia no Correio Braziliense de 14 de março de 1986.
Retomo
Como se vê, “Eu Gênio” queria a liberação da maconha nos domínios da universidade como prova de sua autonomia. É um pensamento bem original.
Aragão é próximo de Rodrigo Janot. Acho curioso que se esteja tomando essa proximidade como evidencia de que o governo não quer interferir na Lava Jato. Pois eu penso justamente o contrário.
Aragão é candidato a alguma coisa ligada a governo faz tempo.
Imprensa
Como vocês sabem, o PT entrou com um pedido de direito de resposta contra a reportagem da VEJA, no ano passado, quando veio a público, na noite do dia 24 de outubro, a reportagem informando que Alberto Youssef havia dito ao Ministério Público e à Polícia Federal que Dilma e Lula sabiam da roubalheira na Petrobras. No dia 25, Estadão e Folha publicaram a mesma informação. Mas o partido só recorreu à Justiça Eleitoral contra a revista.
O TSE concedeu o direito de resposta ao partido. O texto foi publicado no site. Eis que Aragão avaliou que não se havia dado o devido destaque. Ele enviou uma representação ao tribunal cobrando maior visibilidade ao texto e estabelecendo, atenção!, multa de R$ 500 mil por hora — sim, por hora! — caso a determinação não fosse cumprida.
No fim do ano passado, Aragão se fez notar outra vez. Cabia ao então ministro Henrique Neves analisar as contas de campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Como seu mandato expirou e não foi renovado, Dias Toffoli, presidente do TSE, redistribuiu o processo e, por sorteio (!!!), coube a Gilmar Mendes. Pois Aragão apresentou uma representação ao TSE, alegando uma firula técnica para tentar impedir Mendes de analisar as contas de Dilma.
A tentativa de interferir na Lava Jato é claríssima.
Do blog do Reinaldo Azevedo
15 de março de 2916
in aluizio amorim
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