O PSDB vai representar nesta terça-feira ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) solicitando que todos os documentos da Acarajé, a 23ª fase da Lava-Jato, sejam juntados ao processo de cassação de mandato eletivo contra Dilma Rousseff e Michel Temer.
Na petição, o PSDB também solicita que Zwi Skornicki, operador da Petrobras, seja ouvido na ação para explicar o contrato com a empresa do marqueteiro João Santana e as transferências de recursos para ele no exterior.
Os tucanos devem apostar daqui para a frente na “saída TSE”. Caso o tribunal aprove a cassação da chapa, haveria nova eleição.
QUESTÃO DE FOCO
Ainda segundo Veja, os delegados e procuradores da Lava-Jato tomaram cuidado, durante a entrevista coletiva concedida para esmiuçar a Acarajé, de dizer que seu foco não é crime eleitoral — cuja apuração não cabe à força-tarefa nem à Justiça Federal no Paraná. Mas a representação em que o delegado Felipe Pace solicita ao juiz Sergio Moro as medidas cautelares contra João Santana, Monica Moura e demais investigados faz a ligação entre os desvios da Petrobras e campanhas eleitorais.
“O estado avançado das investigações da Operação Lava-Jato, mesmo no estágio inicial desta apuração, já havia comprovado que uma das formas pelas quais as empresas obtinham seus contratos juntos à Petrobras se dava mediante o pagamento de vantagem indevida aos partidos políticos”, diz o delegado.
E continua: “Estes recursos espúrios eram, conforme também comprovado, empregados, principalmente, em despesas de campanhas eleitorais. A notória área de atuação de João Santana Filho sugeria que os pagamentos realizados por Zwi e BrunoO Skornick e pela Odebrecht consubstanciavam-se em “propina” travestida de gastos com publicidade, tratando-se, em síntese, de lavagem dos recursos obtidos criminosamente junto as empresas contratadas pela Petrobras”.
Segundo a Veja, ele sustenta que Monica Moura, mulher e sócia de Santana, demonstrou ter plena ciência da origem ilícita dos recursos ao dar instruções para Zwi Skornicki, operador do estaleiro Keppel Fels, sobre depósitos que deveriam ser feitos no exterior.”
(matéria enviada pelo comentarista Moacir Pimentel)
24 de fevereiro de 2016
Vera MagalhãesVeja
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