(Estadão) A Polícia Federal avalia que se o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque – preso desde março por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro-, confirmar acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, suas revelações ‘vão ter repercussões na área política’. Duque e um outro ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró (Internacional), também prisioneiro da Lava Jato e já condenado a cinco anos de cadeia, estão negociando colaboração com o Ministério Público Federal.
Nesta segunda-feira, 3, os criminalistas Alexandre Lopes, Renato de Morais e João Baltazar renunciaram em todos os processos em que defendiam Duque. “Em razão de princípios nossos, não advogamos para aquele que resolve realizar delação premiada. O advogado do delator passa a ser, em verdade, o Ministério Público. Delação, em nossa visão, não se coaduna com defesa criminal”, afirmou Alexandre Lopes.
Duque é apontado como elo do PT no esquema de pagamento de propinas na estatal petrolífera. Ele teria sido indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula).“Os que estão presos hoje, se vierem a fazer acordo com certeza vão ter repercussões na área política”, disse o delegado da PF Igor Romário de Paula, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato. O delegado incluiu outros eventuais colaboradores. “Renato Duque, (Nestor) Cerveró, (Fernando) Baiano, enfim”, disse Igor Romário de Paula.
05 de agosto de 2015
in coroneLeaks
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