Imaginem um governo pilantra que resolve criar um exército de CENTENAS DE MILHARES de aspones pendurados no serviço público. Uma gente que não tem nada pra fazer além de cacarejar os dogmas, mantras e latidos de uma ideologia picareta que acaba em si mesma, como o câncer e a sífilis. Imagine que eles são a “polícia ideológica” dessa quadrilha, cobrando o pedágio da canalhada para dar sequência aos serviços que o elefante público e sua sanha arrecadadora deveria prestar à sociedade pagadora.
Imagine agora que a sociedade, farta dessa vigarice descarada, resolva parar de comer, investir, comprar e apagar as luzes dessa seita de pilantras montados em nosso lombo combalido. O dinheiro acaba. De nada adianta enganar os outros, chamando ministrinhos de mãos levinhas para deflagrar a derrama; sem consumo, não há mais impostos a tungar da sociedade exaurida para pagar a farra feita com nossa decência moída. O modelo faliu. Junto com ele os décimo-quartos salários, os shopping centers anexos, os voos de galinha, os jantares novaiorquinos, as pedaladas e os acordos espúrios celebrados com o dinheiro surrupiado do fundo de amparo ao trabalhador feito de besta.
O que vai fazer o exército de carcamanos estacionado há mais de 12 anos nesse elefante público meio esquerdo? O que exatamente eles sabem fazer, além de proselitismo? Aposto que o governo está em rota de colisão consigo mesmo. Aposto que o PT fisiológico será o maior opositor de si mesmo, numa autofagia que vai deixar essa quadrilha sem discurso, sem mentiras a serem contadas para a sociedade, sem legado, sem herança e sem parceirinhos para evocar aquela dancinha acanhada que ilustra o fim do filme “Sodoma e Gomorra”, do adoentado Pasolini, a quem sempre me recorro quando é para encenar um inferno gigante feito de pequenos infernos particulares e desejos mórbidos incontidos.
Eu quero ver o PT morrer de PT. Quero que engulam a língua torpe e vigarista. Quero que a turba aliciada pela tubaína e pela mortadela que faltam em nossa infraestrutura finalmente se revolte contra a falta da graninha básica que essa gente ganha sem fazer nada. Vão trabalhar, vagabundos. Assim como alguém lembrou por aí que “traffic” é uma empresa cujo nome é uma piada pronta, “partido dos trabalhadores” é uma piada de mau gosto tão grande que nem o nome pode sobreviver à própria vigarice.
“Sem dedo e sem noção” deveria ser o slogan desse ajuntamento de bandidos prontos, ávidos por um chefete que lhes garanta: “Pode roubar que a gente é governo”, hehehe. É questão de tempo, picareta-chefe. Sua batata está assando junto com sua amídalas. Vou viver para sapatear no seu túmulo, ex-carcamano. Isso é o Brasil.
02 de junho de 2015
Vlady Oliver
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