A Gráfica e Editora Brasil, do notório Benedito de Oliveira de Neto, o Bené, preso pela PF na semana passada e solto ontem, recebeu nada menos que 40,1 milhões de reais nas eleições de 2014. A maior parte do dinheiro que entrou no caixa da gráfica de Bené não veio, no entanto, de seus prestimosos serviços ao PT mineiro e à campanha do governador Fernando Pimentel.
O PT de Minas Gerais pagou 3 268 197 reais à empresa do operador; o PSB do Distrito Federal, outros 9 950 reais.
Dos 36,8 milhões de reais restantes, pagos por candidaturas individuais, nada menos que 36,2 milhões de reais vieram de Helena Maria de Sousa, ou Helena Ventura, uma singela enfermeira de 61 anos que se candidatou a deputada estadual pelo PT-MG e sequer teve seu registro aceito pelo STJ.
Os pagamentos foram feitos a título de “Publicidade por materiais impressos”.
Helena declarou 290 000 reais em bens à Justiça Eleitoral e pretendia gastar, no máximo, 3 milhões de reais em sua campanha. Até outubro de 2014, a candidata arrecadou apenas 26 930 reais, dos quais 1 450 vindos da gráfica de Bené, 22 300 do PT mineiro e 3 180 da Sempre Editora.
De onde veio tanto dinheiro para santinhos e adesivos, não se sabe. Difícil encontrar um sujeito mais enrolado que Bené, mesmo no PT.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Entre 2006 e 2015, a gráfica de Bené assinou contratos que somam R$ 465 milhões com diversos ministério. Outra empresa de Bené fechou R$ 65 milhões em contratos com a União. Antes de 2006 e até 1998, o faturamento total da gráfica foi de apenas R$ 975 mil. Ou seja, conviver com o PT faz milagres. A Controladoria-Geral da União já identificou 19 falhas consideradas graves e médias em 39 contratos celebrados de 2006 a 2013, entre órgãos do governo federal e a principal empresa do Bené. Com amigos como este, o governador Fernando Pimentel nem precisa de inimigos. (C.N.)
02 de junho de 2015
Lauro Jardim
Veja
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