"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

POLÍCIA FEDERAL ASSOCIA ANDRÉ VARGAS AO EX-MINISTRO PADILHA



PF rastreia as ligações de Padilha com André Vargas
Em relatório de indiciamento do ex-deputado André Vargas (ex-PT), a Polícia Federal o associa ao ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, atual secretário de relações governamentais da gestão Fernando Hadad (PT), na administração municipal de São Paulo, o papel de elo do esquema alvo da Lava Jato dentro do ministério.
A PF destaca que “o projeto do grupo criminoso era ambicioso”, referindo-se a Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, e a operadores e laranjas do doleiro, Leonardo Meirelles e Pedro Argese.
O ex-ministro, procurado pelo Estadão, ainda não se manifestou.
Ao citar o papel de Youssef o relatório sustenta que ele “intermediava os contatos políticos, efetuando o lobby com André Vargas que, por sua vez, mediante promessa de vantagem ilícita, atuou junto ao Ministério da Saúde, claramente em contato com o então ministro da Saúde Alexandre Padilha”.
Vargas, enquanto deputado, foi secretário de Comunicação do PT e vice líder do partido na Câmara.
“COMPANHEIROS”
A PF assinala que ambos, Vargas e Padilha, eram “companheiros de agremiação partidária”. Segundo o documento, o contato entre o então deputado e o então ministro tinha “fins de alcançar o objetivo que era a inserção no mercado das PDP e assim participar da ‘partilha do bolo’ de vultosos contratos de fornecimento de medicamentos no âmbito do Ministério”.
PDP é a sigla para Parceria para o Desenvolvimento Produtivo instituída pela Pasta da Saúde para estímulo da produção de medicamentos e insumos no País. A PF assinala que esse universo era o alvo do grupo de Youssef que, para isso, assumiu o controle do Laboratório Labogen. O doleiro planejava se infiltrar no Ministério da Saúde no governo Dilma Rousseff.

14 de maio de 2015
Mateus Coutinho, Fausto Macedo e Ricardo Brandt
Estadão

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