"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

O CORAÇÃO DO HOMEM-BOMBA

O que o Yussef já falou com a segurança de quem, ao final, ficará menos tempo na cadeia do que nas décadas que lhe seriam destinadas pela sentença terminativa não terá comparação nem de longe com o que o Ricardo anotou de cabeça e depois conferiu em documentos só para não perder o foco do que tem de mais novidades a dizer no longo depoimento em que revelará as incríveis propinas e as audaciosas transações em favor de figuras aparentemente inimagináveis nessas possantes coalizações partidárias.

Dilma mandou abastecer o aero lula e depois de classificar a Petrobrás como a Pátria de mãos sujas de petróleo, querendo dar uma de Nelson Rodrigues para quem a seleção brasileira é a Pátria de chuteiras, embarcou para o México.

E do México, ao saber que mais uma medida provisória do seu pacote fiscal havia sido aprovada pelo Senado, mandou sair uma caipirinha, não se sabendo se de pinga de Minas ou se de tequila Juan Cuervo, soltando entre sorrisos a frase comemorativa 
– “O México me deu sorte!”.
- Pois vá ficando por aí, dona! – Bradou o carioca no Amarelinho da Glória, bem ali perto do Aterro do Flamengo, quando a viu dizer aquilo pela televisão. Todos acharam graça. Ninguém vaiou a Presidenta.


Em São Paulo, é diferente. Ultimamente tem sido perigoso a qualquer Ministro dos Governos do PT, tenha sido do Lula ou da Dilma, andar à rua ou sentar-se à mesa de um restaurante.

O Mantega, coitado, depois de passar quatro anos levando esporros e desmentidos da Dilma para no fim ser demitido pela televisão em plena campanha eleitoral dela, já não pode ser visto nem em lanchonete de hospital, nem em restaurante, mesmo já sendo noite.
Outro, o Padilha, que aceitou corajosamente ser candidato do PT a Governador do mais poderoso Estado do Brasil, tendo no fim que amargar humilhante derrota, saiu de um restaurante antes de esvaziar o prato, pedindo a conta às pressas, ante o clima de hostilidade em hora tão sagrada, a do almoço.

O País parece não se reconhecer em suas próprias incursões de intolerância politica. Ingrediente maior volta a ser esse silêncio com que a maioria das pessoas parece encarar a insuportável exploração do Estado ineficiente e em escalada totalitária sobre a sociedade brasileira.
O futebol, tido como um dos espetáculos mais populares, expõe os clubes sempre sem dinheiro e dando prejuízos a técnicos e jogadores. Diferente do que se passa com a maioria dos cartolas.
Não é de hoje que rolam pelo mundo enredos de corrupção das mais brabas envolvendo alguns cartolas do futebol brasileiro. Viram o FBI pegando o Marin? Fico a pensar no que leva um octogenário rico, que foi até Governador de São Paulo, a se envolver com essa banda do mundo imundo do submundo da FIFA e da CBF. Não deve ter gente mais nova do que o Marin nisso.
O coração do homem bomba está com pressão normal. O homem bomba, informam da Policia, está dormindo bem e acorda bem disposto. Cabeça de geneve, como se dizia em São Luis.
Quem está com batidas muito alteradas no coração, sem dormir bem e com a cabeça quente é o pessoal que está lista do Ricardo por conta de doações entre aspas para suas campanhas eleitorais e, por que não dizer também, por conta das propinas.


29 de maio de 2015
Edson Vidigal

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