"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

SOBRE UM TEXTO DA CARTA CAPITAL: A BALADA DO PEQUENO KIM KATAGUIRI


Não pude deixar de colocar no blog o texto publicado na Carta Capítal "A balada do pequeno Kim Kataguiri" de Leandro Fortes,  manifesto ataque de ódio ideológico, a inevitável cegueira do olho direito, que com o esquerdo, pode apenas olhar para um lado.
Não é um texto político, pois nele cabe o deboche, o desprezo, o menoscabo a qualquer intenção que não esteja alinhada às ideologias de esquerda, de variados matizes.

Somos todos alucinados, se nos interpormos entre o desastre cometido por um partido inconsequente, liderado por um apedeuta ganancioso que transformou sua ânsia de um projeto de eterno poder (pelo menos até o país acabar...), na privatização do Estado, gerando um monumental assalto, que a bem da verdade, diga-se, orquestrado por uma quadrilha muito bem organizada, cuja aflição de rápido enriquecimento terminou sangrando 'hemorragicamente' a vítima, quero dizer, o país, matando a galinha dos ovos de ouro. 
Ou melhor, fez a galinha cacarejar tão alto ao esbulhar sua cloaca, que acordou a pátria adormecida no seu berço esplêndido.

Com tamanha volúpia de roubar, acabou destruindo o sonho da "pátria grande", alimentado e articulado pelo Foro de São Paulo, a menina dos olhos da velha e carcomida "vanguarda" latino americana.

O saque foi de tal monta, que até hoje não se conseguiu chegar a um denominador comum do valor surrupiado... Pedala-se daqui, pedala-se dali...Ora R$ 6 bilhões, ora R$ 10 bilhões... Pelo andar da carruagem, sabe-se apenas que o desmonte da Petrobras foi gigante. Coisa de gente ensandecida pelo dinheiro...
Espantosamente, para os que vivem paralelamente ao poder, isto é, a sociedade que apenas elege a turbamulta, fica-se sabendo que o 'petrolão' já estava sendo gestado quase simultaneamente com o 'mensalão'. 

Gestação que iria parir o maior canal de corrupção para alimentar partidos alinhados ao governo, além, é claro, de gerar grandes fortunas pessoais à oligarquia que reinava soberana, sempre oportunamente presente nos grandes golpes.
Diga-se o que se queira de Bob Jefferson, creio, no entanto, que a ele se deve, não apenas ter denunciado o 'mensalão' (para não carregar sozinho a pecha de corrupto, ou corretor de corruptos), mas ter livrado o país de José Dirceu, que na linha sucessória de Lula, certamente seria o candidato a presidente. Teríamos aí sim, a eminência parda e a iminência de um perigo incalculável. Bem articulado, inteligente, hábil, e com a vocação indisfarçável do ditador, dificilmente escaparíamos de um "chavismo à brasileira", tamanha a omissão que calava o país.

Desnecessário nomear a caterva que foi tragada nos processos e afogou-se no esquecimento, com punhos erguidos ou não, que mais parecia mão de afogado. Aquela súcia de "homens sérios", com semblantes para lá de honestos, ocupava o palco do poder e enchia as burras de grana...

Aí vem um garoto de 19 anos, promove uma "marcha" denominada apropriadamente de "marcha da liberdade", com poucos ou muitos aderentes, não importa, e recebe o epíteto de 'moleque', entre outros que, com certeza, na penumbra dos encontros ideológicos petistas seriam bem mais ofensivos.

E nós, quero dizer os que negam a seriedade de propósitos a um governo que desmantela o país, não passamos de fantoches ou representantes do "neo anticomunismo rastaquera da classe média paneleira nacional." 
Ou melhor ainda de uma "patética fauna de sociopatas convocados para a defesa da Pátria."

Somos todos golpista, retrógrados 'udenistas', sociopatas da escabrosa direita...

Ah! não pretendendo ser injusto com o texto do Leandro, registro a "serenidade" das suas ponderações... A análise política "isenta" com que 'avaliou' o jovem Kim Kataguiri.

Bem feito para nós, que não "compreendemos a verdade"  e não partilhamos as razões da Carta Capital e dos seus escribas...
m.americo

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