O clamor da sociedade diante do aumento da violência no país é uma ação que se impõe, principalmente no tocante aos assaltos diários, no qual os meliantes munidos de facas pontiagudas ferem a vítima mortalmente, mesmo que elas não ofereçam resistência.
No que se refere aos jovens menores de 18 anos, o caso do médico assassinado no Rio de Janeiro é o exemplo fático do estado de abandono e insegurança das praças, dos monumentos, dos parques estaduais e municipais. Estamos literalmente a mercê do imponderável, seja indo para o trabalho ou nos momentos de lazer. O povo vai lentamente sendo condenado a viver enclausurado nas suas casas fortalezas.
Agora, é motivo para punir a juventude encarcerando os jovens infratores nas cadeias fétidas e imundas, junto com professores do crime? Creio que não. Então, qual a alternativa para tirar das ruas os adolescentes infratores. Vamos lá:
1 – A sociedade e o Estado devem prover escolas tipo CIEP, em tempo integral, para que os jovens possam estudar, se alimentar, praticar esportes e aprender um ofício.
2 – Os pais precisam de punição, por omissão quanto às ações dos menores. Na casa do menino preso, por supostamente ter esfaqueado o médico, tinha dezenas de bicicletas, uma delas na casa de 30 mil reais. Isso significa associação para o crime. Ou será que os pais não desconfiavam de nada?
3 – A inteligência policial devia agir para impedir o comércio ilegal de vendas de peças de bicicletas. Há o roubo e o furto porque existe demanda de consumidores, que não querem arcar com os altos custos das peças das bicicletas, motorizadas ou não, algumas importadas.
4 – Não entendo e jamais entenderei a lógica das sociedades organizadas. Exigem punição exemplar contra os menores infratores. No entanto, o diapasão é infinitamente menor quando se trata da punição dos ladrões de colarinho branco, que furtam bilhões de dólares dos cofres públicos, justamente os recursos que faltam para a construção de creches, de escolas em tempo integral e de abrigo para crianças abandonadas. Eles praticam a rapina dos cofres públicos, logo passam a curtir a pena em prisão domiciliar, para depois usufruir do enriquecimento ilícito.
Há muitos mais ações para reduzir o atual quadro de violência, claro, mais deixo para os demais comentaristas enumerá-los. Para finalizar: é dever do Estado cuidar das crianças, se realmente queremos um país mais justo, rico e tecnologicamente competitivo diante das nações do globo.
29 de maio de 2015
Roberto Nascimento
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