Em 1954, o principal líder estudantil e presidente da União Paraibana de Estudantes era o François, de Campina Grande. Preparando o congresso nacional da UNE (União Nacional dos Estudantes) que seria no Rio, uma comissão foi ao Norte e Nordeste. Em Campina Grande, o François nos garantiu que a maioria da delegação paraibana votaria com a esquerda. E votou. 20 anos depois, em 1974, recebi no Rio um telefonema de Londrina :
– Nery, aqui é o Leite Chaves, o François de Campina Grande. Sou candidato a senador pelo MDB do Paraná. Queria que você viesse ao comício de lançamento, para dar um depoimento sobre minha atuação no movimento estudantil, no nosso tempo da UNE.
Cheguei à tarde. O comício era à noite. No aeroporto,faixas e uma charanga tocando a musica da campanha.Vi logo o François:
– François, meu companheiro!
François deu um passo à frente, me abraçou e disse ao ouvido :
– Nery, não fale em François, pelo amor de Deus. Aqui em Londrina sou o doutor Leite Chaves, advogado. François aqui é cabeleireiro ou veado.
O doutor Leite Chaves, em plena ditadura, fez uma campanha brilhante pela oposição, ganhou e foi um senador valente e exemplar.
JANENE
Infelizmente em Londrina não havia apenas a banda boa do Leite Chaves com seus companheiros José Richa prefeito, senador e governador, Alencar Furtado varias vezes deputado, Helio Duque três vezes deputado, Álvaro Dias governador e senador e tantos outros.
Também havia a banda podre que nasceu lá atrás com José Janene deputado, Alberto Youssef doleiro, Antonio Belinati deputado duas vezes prefeito e duas vezes cassado e tantos outros.
O Mensalão estava em Londrina com Janene. O Petrolão também está em Londrina com o mesmo Youssef do Mensalão. E reaparece a historia rocambolesca do Janene, agora feito cadáver insepulto. E não é que quem assinou o atestado de óbito do Janene foi o Youssef?
Está na hora de Londrina deixar o Janene dormir em paz.
29 de maio de 2015
Sebastião Nery
29 de maio de 2015
Sebastião Nery
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