"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 9 de março de 2015

"MANIFESTO À IMPRENSA" POR UMA COBERTURA LIMPA DAS MANIFESTAÇÕES DO "DIA 15"

“IMPRENSA LIVRE”: era o que pedia a maior faixa exibida no primeiro protesto pelo impeachment de Dilma
Com este manifesto que segue abaixo divulgado pelo site Implicante este blog junta-se a todos os cidadãos e cidadãs brasileiras, a todas as entidades democráticas, a todos os ativistas nas redes sociais, enfim, a todos aqueles que lutam bravamente para desbancar o PT do poder para sempre e libertar o Brasil dos grilhões vermelhos do Foro de São Paulo.
O que se pede neste manifesto não é nada de outro mundo: apenas que a imprensa faça seu trabalho respeitando o momento histórico em que vivemos. Leiam e compartilhem:
Em 1984, os organizadores acreditaram que marcar a manifestação pelas Diretas Já no dia do aniversário de São Paulo facilitaria a participação popular. O que não esperavam é que o jornalismo da Globo, sob pressão dos militares, se veria forçado a espremer a cobertura do evento numa reportagem de dois minutos e meio acerca dos 430 anos da capital paulista. 
O resultado é que, até hoje, muita gente acredita que o Jornal Nacional se negou a dar o devido valor ao evento por iniciativa própria, algo que manchou para sempre a história da empresa.
Mais de três décadas se passaram e o Brasil novamente se vê numa época rica em protestos. O contexto é bem distinto: a nossa democracia já acumula um quarto de século de vida e a Rede Globo reconhece em seu site os erros cometidos no passado. 
Mas a indignação brasileira com o governo segue ressoando de forma bem semelhante à daquele verão de 1984. Após algumas iniciativas espontâneas no final de 2014, o clima sentido nas redes sociais dá a entender que as manifestações agendadas para o próximo 15 de março marcarão este momento da mesma maneira que, no passado, entraram para a história os esforços populares pela redemocratização e pelo impeachment de Collor. E é aqui que chamamos a atenção dos veículos de imprensa em atividade no país.
Em primeiro de fevereiro, assim escreveu Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de São Paulo: 
“A defesa da imparcialidade é norma do jornal, mas os deslizes são mais frequentes do que deveriam. […] É reflexo de uma visão baseada em falta de empatia, afinidade ideológica com o ideário da esquerda e também em comodidade: gozar quem está no topo da pirâmide social não desafia o politicamente correto, e a cobrança costuma ser menor. Ou costumava.”
O que pode soar como caso isolado deste respeitado jornal salta aos olhares mais atentos como um padrão bastante utilizado na nossa imprensa, principalmente pelos veículos mais jovens. Por uma nítida discordância da pauta dos eventos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, usam-se dos mais variados artifícios para amplificar erros individuais e ofuscar acertos coletivos. Tudo com um objetivo único: fortalecer um falacioso espantalho extremamente conveniente ao partido no poder há 12 anos.
Ora, se estamos lidando com um evento aberto, organizado coletivamente, ou seja, sem uma liderança relevante que centralize a pauta, é natural que todo tipo de voz queira se aproveitar da aglomeração para se fazer ouvir. Cabe ao jornalismo identificar o que pode ser tomado como um discurso do grupo e o que seriam meras reivindicações isoladas de um ou outro manifestante mais radical – ou mesmo de um sabotador infiltrado.
O que se pede neste manifesto não é nada de outro mundo: apenas que a imprensa faça seu trabalho respeitando o momento histórico em que vivemos. Que os chefes das redações evitem escalar seus repórteres menos experientes no plantão do fim de semana. Que os editores revisem o material apurado antes de publicá-lo, impedindo que manchetes equivocadas desinformem os leitores. Que as empresas de comunicação coloquem a mão na consciência, pois há grandes riscos de o próximo domingo ainda ser lembrado daqui a 30 anos – e seria uma atitude prudente evitar a repetição dos erros de 30 anos atrás.
Assinam essas palavras cidadãos que há pelo menos 10 anos protestam contra a impunidade em vigor nesta nação. São mulheres, são homens, são homossexuais, heterossexuais, empresários, assalariados, profissionais liberais, desempregados, membros da classe média, ricos, pobres, de todas as raças e de todas as regiões. 
São liberais, são conservadores, são social-democratas. Alguns possuem partidos de preferência, outros evitam hastear bandeiras. Se há algum traço comum a todos, é o desejo de um Brasil melhor. Acreditava-se que isso já seria possível por intermédio das urnas nas eleições passadas, mas uma campanha suja da parte do governo manteve a situação pregressa. 
O que buscamos agora é a utilização de meios legais para atingir nossos objetivos, com precedentes recentes não só na história brasileira, mas também na de outras nações democráticas. E este grupo adoraria poder contar com o apoio da imprensa livre nesta democracia para exigir justiça contra quem vem prejudicando o país.
Essa é uma iniciativa apoiada pelos grupos e entidades abaixo. Se você concorda com ela, a melhor forma de “assinar” este manifesto é compartilhando-o em seus sites, blogs, fanpages, grupos de Whatsapp e redes sociais. Sinta-se livre para copiar e colá-lo, desde que não altere o texto original. 
Agradecemos qualquer esforço:

09 de março de 2015
in aluizio amorim

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