“Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar”, disse Renan por meio de nota.
Na delação premiada que deu início a Operação Lava-Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirma que o senador peemedebista teria usado o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE) como interlocutor do esquema, porque o político cearense dizia falar em nome do atual presidente do Senado.
Costa afirmou que através de Aníbal Gomes, o senador Renan teria recebido propinas em contratos e que, na prática, os pagamentos ao presidente do Senado estavam acima do teto de 3% estabelecido como limite dos repasses.
NOTA DE RENAN
“Nas democracias, todos – especialmente os homens públicos – estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar.
Minhas relações junto ao poder público nunca ultrapassaram os limites institucionais. Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas oportunidades.
Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado.”
09 de março de 2015
Deu no Correio Braziliense
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