"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 9 de março de 2015

DILMA AINDA ZONZA COM O PANELAÇO



(VEJA) A presidente da República, Dilma Rousseff, minimizou nesta segunda-feira as manifestações espontâneas que surgiram em 12 capitais durante o seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite deste domingo. Em entrevista coletiva dada logo após a sanção da Lei do Feminicídio, Dilma disse que não há terceiro turno e que o país não aceitaria uma "ruptura democrática" - sem especificar a que se referia.

Dilma começou sua resposta dizendo que os protestos são legítimos num regime democrático, uma obviedade incômoda para o PT. "Tem uma característica que eu reputo muito importante: é o fato de que aqui as pessoas podem se manifestar e têm espaço para isso", afirmou, fazendo a ressalva de que a "violência" é inaceitável.

Ao comentar os gritos de impeachment, a presidente respondeu de forma confusa, aparentemente argumentando que não há motivos para um processo de cassação do seu mandato. "Eu acho que é questão de conteúdo. Eu acho que há que caracterizar razões para impeachment", declarou. Depois, a chefe do Executivo lançou outra frase nebulosa. Dessa vez, sobre a manifestação nacional marcada para o próximo dia 15 de março. "Ela em si não representa a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem com a democracia."

Dilma afirmou ainda que um terceiro turno das eleições presidenciais não pode ser aceito. "A eleição acabou no primeiro e segundo turnos. Terceiro turno, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que se queira uma ruptura democrática. A sociedade brasileira não aceitará uma ruptura democrática", afirmou.

Em outro trecho da entrevista, Dilma, que se elegeu com o discurso do "nós" contra "eles", pediu estabilidade e pregou o fim do conflito. "É muito prudente o país perceber que ele precisa de estabilidade, que ele precisa amainar todas as situações de conflito, porque estamos enfrentando uma fase profunda da crise econômica", disse.

Novamente, a presidente atribuiu a crise brasileira ao cenário internacional, embora admita, de forma oblíqua, que o governo errou em suas avaliações econômicas para o ano passado. "Houve em 2014 uma deterioração muito maior do que a esperada", disse ela, que também afirmou esperar "um certo crescimento" até o fim do ano.

09 de março de 2015
in coroneLeaks

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