"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de maio de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Juiz adverte que parlamentares não são réus na Lava Jato para impedir que STF intervenha nos processos

Enquanto isso, na CPI da Safadena, nada dá em coisa alguma...

Tem tudo para ser “um tiro n´água” a estratégia - juridicamente armada nos bastidores políticos – para que o Supremo Tribunal Federal passe o rodo no processo da Operação Lava Jato. Antecipando-se ao movimento dos que desejam atrapalhar seu trabalho, o juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, informou ontem ao ministro Teori Zavascki, do STF, que os deputados André Vargas (PT-PR), Luiz Argôlo (Solidariedade-BA), Cândido Vacarezza (PT-SP) e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) não são investigados pela Lava Jato, embora seus nomes apareçam em envolvimentos com o doleiro Alberto Yousseff.

A mensagem do juiz ao supremo ministro teve o objetivo claro de impedir que Teori consiga avocar, para o STF, em Brasília, os quatro processos que correm na Justiça Federal do Paraná sobre a Operação Lava Jato. A tirada administrativa do juiz Sérgio Moro neutraliza a canetada pretendida por Teori Zavascki – que vem insistindo na interventora tese de que só o STF pode decidir pelo desmembramento de processos. No caso, não tem desmembramento de coisa nenhuma. As ações são diferentes. A hipótese de uma futura “juntada”, para preparar a tradicional pizza, se torna manjada e fica previamente desmoralizada.

O mais recente indicado pelo governo petista ao STF já tinha dado uma pisada na toga, em plena véspera da Copa do Jegue, ao decretar, em pleno domingo (por que não na segunda-feira) a soltura de Paulo Roberto Costa. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras estava preso por um motivo justo e perfeito: foi detido, em flagrante pela Polícia Federal, tentando destruir provas. O STF tomou a estranha decisão de facilitar a vida de quem tentou obstruir o trabalho da Justiça, já que a PF fez operações de busca e apreensão na casa dele por ordem judicial – e não por conta própria.

A apressada libertação de Paulo Roberto Costa – deixando presos os demais réus – teve duas interpretações bem claras nos meios políticos e jurídicos. Primeiro, Paulo Roberto parece ser mais poderoso do que supunha a vã filosofia dos mortais analistas, para obter tal privilégio com tanta rapidez. Segundo, a decisão provisória de um ministro do Supremo, indicado politicamente para o cargo vitalício pelo governo, desgastou a imagem da Justiça perante o segmento esclarecido da opinião pública. Novamente, a inteligência coletiva verificou que, no Brasil da Impunidade, só fica preso quem não tem efetivo poder. Se tiver, ou não é punido, ou ganha liberdade mais depressa. O “rigor seletivo” atinge apenas os inimigos do poder vigente...

Lavagem de segunda


O que esperar de uma classe política em que 121 congressistas, de 16 partidos políticos, receberam doações de R$ 29,7 milhões oriundas de 18 grupos empresariais citados ou investigados pela Operação Lava Jato?

Será que o poderoso Paulo Roberto Costa teria a resposta rápida como a ducha geladinha que tomou na cadeia?

Ou tem gente mais poderosa, acima dele, que poderia responder melhor a essa perguntinha idiota?

Depósitos estranhos

Um dos maiores entusiastas da nada fácil reeleição de Dilma Rousseff, o senador e ex-presidente da República (autodeposto em 1992) Fernando Collor de Mello ficou muito PT da vida com a 13ª Vara Federal do Paraná.

Tudo porque o juiz Sérgio Moro tornou público que informara ao STF que a Polícia Federal encontrou, no escritório do doleiro Alberto Youssef, comprovantes de depósitos bancários em espécie, no valor de R$ 50 mil, em nome do senador Collor.

Segundo a PF, os R$ 50 mil foram depositados para Collor de Mello em oito pagamentos fracionados, nos valores de R$ 1.500; R$ 9.000: R$ 1.500; R$ 9.000; R$ 8.000; R$ 9.000; R$ 8.000; e R$ 4.000.

Desconhecimento

Detalhe importante: o juiz Moro também informou ao STF que Collor não é réu – e muito menos é investigado pela Lava Jato:

"Tal prova e eventual relação entre o suposto doleiro e o referido senador era absolutamente desconhecida deste juízo, tendo sido encontrada fortuitamente durante a busca e apreensão. Inviável antes da busca, concluir pela presença de indícios de crimes praticados por parlamentar e pela competência do Supremo Tribunal Federal, já que surgiram somente após a diligência".

Em resumo: Collor, inocentado tardiamente pelo STF pelas broncas que o levaram a ser saído da Presidência da República, é um perseguido do destino político tupiniquim...

Arrependimento?

O deputado federal André Vargas deve ter ficado feliz da vida ao saber, oficialmente, que não é réu na Lava Jato.

O parlamentar deveria até apelar aos amigos petistas que lhes viraram as coisas quando a bronca estourou, implorando-lhes que voltem a aceitá-lo como filiado ao Partido dos Trabalhadores que ajudou a fundar.

Ilustre membro da chamada “República de Londrina”, Vargas deveria denunciar a ditadura petista, pedindo uma anistia ampla, geral e irrestrita para seu caso.

O coitado nem tem partido para poder disputar sua reeleição, em outubro...

Pesquisa esquisita


Só o Palhaço do Planalto deve estar achando graça da recente pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial.

Ontem, no hilário bastidor do Congresso, um parlamentar comediante chegou a comentar:

“Já sei por que a Dilma subiu devagarzinho na pesquisa: ela foi de jegue...”

Suspeita geral

Só idiota pode acreditar no resultado de uma pesquisa com aquela amostragenzinha de 2002 pessoas, feita ninguém sabe bem onde, ouvindo qualquer um.

Está na hora de serem revistos os critérios de divulgação e procedimentos de realização de pesquisas eleitorais no Brasil.

Em cada divulgação, fica aquela suspeita de tentativa de indução da opinião pública – o que é péssimo para qualquer democracia.

Cartão amarelo da Anistia Internacional


Autoridades de segurança do Brasil gostaram nada da mais recente peça propagandística da campanha "Brasil, chega de bola fora", lançada no dia 8 de maio, pela Anistia Internacional.

Veiculado no YouTube, o anúncio mistura imagens reais de abusos da polícia contra manifestantes e a disputa, ficcional, de uma partida entre a equipe do choque e o time do protesto, advertindo que o mundo está vendo" ("the world is watching"):

"Em menos de um mês o Brasil vai receber a Copa do Mundo. O governo tem que assegurar que os únicos tiros sejam em campo. É por isso que estamos mostrando um cartão amarelo às autoridades".

Sorry, Seleção!


A versão parodiada da famosa “Pra frente, Brasil”, cantada por Ana Flávia Galvão, que dirige o episódio acima, já faz o maior sucesso entre a galera que faz críticas objetivas à Copa do Jegue.


Para quem não conhece a original “Pra frente Brasil”, composta por Miguel Gustavo, para a Copa de 70, é só escutar, abaixo.


Bolshoi, arte e cidadania
 

O livro "Escola Bolshoi - Arte e Cidadania" será lançado em Moscou, no dia 3 de Junho.

O evento tem um repeteco na Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, no dia 25 de Junho.

A obra é uma parceria do Ministério da Cultura, da Copper Trading e da KBMK Empreendimentos.
Tiro rápido
 
Do advogado Antônio Ribas Paiva, presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos:
 
"A desigualdade aumenta porque a corrupção política exaure as oportunidades. Thomas Piketty culpa os ricos, mas está a serviço da corrupção política".

Exemplo do Francisco

O Hermano Papa Francisco, rubro-negro honorário que vai torcer pela Argentina na Copa, demonstra qual deve ser o papel do verdadeiro líder.

Como membro da Companhia de Jesus, é comum o Pontífice celebrar uma missa para os jardineiros e o pessoal de limpeza do Vaticano.

Na hora em que pede para todos orarem em silêncio, Francisco se desloca para os últimos bancos da capela, para que todos se concentrem na imagem de Jesus Cristo, e não na do dirigente mortal da Igreja Católica.

Aproveitando a deixa, bem que o papa podia fazer uma reza forte para ver se consegue o milagre de o Flamengo voltar a ser um time de futebol de verdade...

CNBB pisando na batina?
 

Vai e volta

Problema de Comunicação


Tem culpa zelites?


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

24 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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