"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de maio de 2014

O QUE PREOCUPA - PARA VALER - NA COPA!

 
A conclusão unânime é que a paz na copa, ou pelo menos as manifestações sob controle dependem muito mais da seleção brasileira que dos esquemas policiais e militares.
 


1. Em reunião de simulação de situações em Brasília, os analistas chegaram à conclusão que a Copa em si não será problema. Em torno dos estádios se colocam cinturões de isolamento com duas circunferências concêntricas.

2. Os assistentes mostrariam seus ingressos em cada uma delas e finalmente no estádio. Mobilizações eventuais ficariam na parte externa à primeira circunferência. Um pouco de barulho, alguma ação de separação por parte da polícia e nada mais grave.

3. E assim se iria até a grande final no Maracanã. Bem, se o Brasil for vencendo as etapas anteriores. Mas se não for…

4. Esse é o ponto. Se o Brasil for desclassificado até a semifinal, os riscos de grandes manifestações serão enormes. Nelas estariam os manifestantes de sempre somados aos torcedores frustrados que convergiriam com os demais no sentido que tudo foi um gasto inútil. Um sentimento muito mais intenso que em 1950.

5. A conclusão unânime é que a paz na copa, ou pelo menos as manifestações sob controle dependem muito mais da seleção brasileira que dos esquemas policiais e militares. Que no caso de uma desclassificação prematura da seleção não haverá força policial ou militar capaz de conter as manifestações.

6. Assim, a responsabilidade da seleção será dupla: vencer as partidas e conter as manifestações. E, portanto, governos federal e estaduais nunca torcerão tanto pela seleção canarinha como agora na Copa-2014.

7. E se isso -a desclassificação- acontecer logo na segunda fase…, salve-se quem puder.

Cesar Maia é um economista, político e ex-prefeito do Rio de Janeiro pelos Democratas.


24 de maio de 2014
Cesar Maia

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