"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de maio de 2014

A CHANTAGEM DAS ARMAS




Mais uma vez, se repetem as cenas de vandalismo, e de aumento da violência, que se seguem à deflagração de greves policiais que ocorrem, com frequência, em diferentes estados da Federação.
E a Força Nacional e as Forças Armadas tem que ser convocadas para reestabelecer a ordem em vários pontos do país. O que aumenta o risco de conflitos, e de que as circunstâncias saíam do controle, com gravíssimas consequências tanto para os grevistas, como para a população.

Ninguém nega que a maioria dos policiais é profissional e bem preparada e que é preciso ganhar uma remuneração digna e estar bem equipado para fazer frente ao crime.

Mas o policial não pode achar que está acima dos cidadãos normais, nem acreditar que tem direito a aumentos de vencimento percentualmente dez, quinze vezes, superiores aos que recebem os brasileiros comuns. Esse é o caso, por exemplo, do pessoal das Forças Armadas, que vive no mesmo país, com os mesmos preços, custo de vida etc.

VIDA SACRIFICADA

A vida do policial é sacrificada, mas ninguém o obrigou a entrar na profissão. Ele não convocado e forçado a exercê-la. Pelo contrário, escolheu-a livremente, porque, quando prestou concurso, achou a situação e o salário atraentes, senão teria se encaminhado para um diferente destino profissional.
Urge achar outras soluções para os problemas de segurança pública – como a descriminalização da droga e a rediscussão da questão do estatuto do desarmamento – que não estejam voltadas apenas para a contratação permanente de sempre mais policiais e mais equipamentos.

Não se pode aceitar, nem imaginar, que a Nação, sequer por hipótese, fique à mercê da pressão de setores minoritários do funcionalismo. Esses setores, como todos os outros, de forma alguma podem colocar em primeiro lugar seus interesses – à frente do atendimento às necessidades dos cidadãos que pagam, com seus impostos, seus salários, e da própria sociedade como um todo.

24 de maio de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário