É difícil de aceitar. O Brasil anda para trás no ranking da competitividade. Pelo quarto ano seguido, o país cai no cenário internacional. É o 54º colocado na lista de 60 Estados do International Management Development (IMD), de Lausanne, na Suíça, à frente apenas de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Há quatro anos, figurava na 38ª posição. Com o retrocesso, pela primeira vez ficou entre os 25% piores do relatório.
O estudo se baseia em dados estatísticos relativos a mais de 300 indicadores e em pesquisas de opinião com executivos. Em outras palavras: apoia-se em números da economia e na percepção da classe empresarial. O Brasil não logrou melhoras em nenhum dos quatro pilares em que se sustenta a pesquisa - infraestrutura, desempenho da economia, eficiência do governo e eficiência empresarial. A maior queda ficou com o último item - nove pontos.
Ela se deve à combinação de dois fatores. Um deles: o pífio desempenho do PIB nos últimos três anos - 2,7% em 2011, 1% em 2012 e 2,3% em 2013. O outro: o crescimento do emprego de baixo valor agregado (mão de obra de pouca qualificação). Significa que produzimos bens de menor tecnologia, que satisfazem o consumidor interno menos exigente, mas perdem espaço no mercado internacional, cada vez mais competitivo e sofisticado.
Embora não surpreendam nem a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os dados acendem sinal de alerta que não pode ser ignorado. A perda gradativa da capacidade de exportar tira do Brasil o papel de player global. Em 2014, o país ficou na rabeira em dois indicadores: Taxa de Comércio Internacional pelo PIB (último lugar) e Exportação de Produtos pelo PIB (penúltima posição).
Não faltam diagnósticos para soltar o freio da economia. De um lado, há que melhorar o ambiente de negócios. Carga tributária escorchante, taxas de juros altas, burocracia esmagadora, custos trabalhistas elevados, ineficiência do trabalhador, infraestrutura precária contribuem para inibir investimentos indispensáveis à produção.
Além da ineficiência da máquina do governo, outras questões afetam o desempenho nacional. Um deles é a energia. Há a percepção de que o insumo não só subirá de preço, mas também pode faltar. Outro é a violência crescente e a insegurança pública. Também conta - e muito - a falta de excelência da educação, que condena o país à ineficiência e à produção de bens cujo preço não corresponde à qualidade.
Trata-se de cenário preocupante, cuja melhora não se vislumbra a curto prazo. Adiar providências é retardar soluções. Impõe-se agir. O jeitinho e a procrastinação tornaram-se soluções caducas. O século 21 exige conhecimento, tecnologia e inovação.
O estudo se baseia em dados estatísticos relativos a mais de 300 indicadores e em pesquisas de opinião com executivos. Em outras palavras: apoia-se em números da economia e na percepção da classe empresarial. O Brasil não logrou melhoras em nenhum dos quatro pilares em que se sustenta a pesquisa - infraestrutura, desempenho da economia, eficiência do governo e eficiência empresarial. A maior queda ficou com o último item - nove pontos.
Ela se deve à combinação de dois fatores. Um deles: o pífio desempenho do PIB nos últimos três anos - 2,7% em 2011, 1% em 2012 e 2,3% em 2013. O outro: o crescimento do emprego de baixo valor agregado (mão de obra de pouca qualificação). Significa que produzimos bens de menor tecnologia, que satisfazem o consumidor interno menos exigente, mas perdem espaço no mercado internacional, cada vez mais competitivo e sofisticado.
Embora não surpreendam nem a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os dados acendem sinal de alerta que não pode ser ignorado. A perda gradativa da capacidade de exportar tira do Brasil o papel de player global. Em 2014, o país ficou na rabeira em dois indicadores: Taxa de Comércio Internacional pelo PIB (último lugar) e Exportação de Produtos pelo PIB (penúltima posição).
Não faltam diagnósticos para soltar o freio da economia. De um lado, há que melhorar o ambiente de negócios. Carga tributária escorchante, taxas de juros altas, burocracia esmagadora, custos trabalhistas elevados, ineficiência do trabalhador, infraestrutura precária contribuem para inibir investimentos indispensáveis à produção.
Além da ineficiência da máquina do governo, outras questões afetam o desempenho nacional. Um deles é a energia. Há a percepção de que o insumo não só subirá de preço, mas também pode faltar. Outro é a violência crescente e a insegurança pública. Também conta - e muito - a falta de excelência da educação, que condena o país à ineficiência e à produção de bens cujo preço não corresponde à qualidade.
Trata-se de cenário preocupante, cuja melhora não se vislumbra a curto prazo. Adiar providências é retardar soluções. Impõe-se agir. O jeitinho e a procrastinação tornaram-se soluções caducas. O século 21 exige conhecimento, tecnologia e inovação.
24 de maio de 2014
Editorial Correio Braziliense
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