Terceiro colégio eleitoral do país, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro tem cerca de 12 milhões de eleitores. O número representa 8,5% do eleitorado nacional, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PSDB tem pequena expressão política no estado e, em 2010, Serra fez apenas 22,5% dos votos no primeiro turno. Perdeu para Marina Silva, que alcançou 31,5% dos votos. No segundo turno, Dilma abriu uma diferença sobre Serra de 1,7 milhão de votos, quase 15% da diferença nacional.
O Rio é essencial para uma vitória nas eleições. Mesmo assim, a estratégia de Aécio Neves (PSDB) de se aproximar do PMDB de Sérgio Cabral e Jorge Picciani incomoda - e afasta - alguns dos mais tradicionais aliados do partido e principais lideranças tucanas no Rio. O DEM, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, por exemplo, ainda espera o apoio do PSDB à sua candidatura ao governo estadual, mas o arranjo orquestrado nacionalmente não exigiria a exclusividade de Aécio no Estado.
O cientista político Cesar Romero, da PUC-Rio, avalia que a estratégia de Aécio de apostar em uma aliança suprapartidária com o PMDB é a sua melhor cartada no Estado. Na sua visão, o movimento do "Aezão", como está sendo chamada a aliança informal que reúne o apoio de parte do PMDB fluminense à candidatura de Aécio no plano nacional e ao governador Luiz Fernando Pezão, no Rio, é expressão da fraqueza do PSDB no Estado.
"Na falta de uma candidatura expressiva, o partido tem que buscar uma base que não é sua e, no Rio, quem tem máquina é o PMDB", diz Romero. "Oficialmente Aécio não conta com nada de muito relevante ao apoiar a candidatura do Cesar Maia, mas, na prática, ele pode vir a contar com a máquina do PMDB". Integrantes do PSDB no Estado assumem que a prioridade do partido no Rio não é o apoio ao DEM de Cesar Maia, mas a aliança suprapartidária com o PMDB.
"O PSDB se orienta na direção daquilo que seja mais útil para ter votos para o Aécio e hoje não temos nenhum nome que seja eleitoralmente viável", diz um cacique do partido. "Hoje Picciani é o maior poder político do Estado do Rio e este apoio é nosso e está acabado. Um eventual candidato nosso seria só para marcar posição", complementa.
(Com informações do Valor Econômico)
(Com informações do Valor Econômico)
26 de maio de 2014
in coroneLeaks
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