Em Porto Alegre, certo grupo de teatro resolveu simular uma bacanal no Parque Farroupilha. Ante os olhos surpresos das famílias que desfrutavam do local, mulheres e homens, deitados sobre a grama, se contorceram em representações de sexo grupal e performances solo. Invasores da Câmara da capital gaúcha pelaram-se e fizeram o diabo dentro do plenário.
No mês passado, ZH noticiou que em alguns locais de festas, alegadamente incomodadas pelo calor reinante, mulheres tiram a roupa e elevam em mais alguns graus a temperatura ambiente.
A matéria informava que o spogliarello era interpretado como atitude política (algo supostamente relacionado com a libertação feminina) e que as dançarinas diziam-se contrariadas quando algum audacioso ensaiava passar a mão nos seus compartimentos.
Nestes dias, circula na rede o vídeo de uma banda de mulheres que se assumem como “Putinhas Aborteiras” e executam, com bocas sujas e gestos desafinados, uma sucessão de abjeções supostamente musicais, tendo como mote a pessoa do papa Francisco. Tudo sob o patrocínio da TVE, a televisão educativa (!) da Fundação Cultural Piratini, que transmitiu o show.
Reflitamos sobre esse breve pot-pourri. A tolerância com o contraditório, com a diversidade, é uma virtude das sociedades civilizadas. Mas não é saudável a tolerância com quem, de modo arrogante, desrespeita os demais mediante grosserias, vilania e múltiplas formas de corrupção.
Tolerância perante a arrogância desaforada de gente adulta não é civilidade. É frouxidão! Quando o presidente da Fundação Piratini sai em defesa das Putinhas Aborteiras e suas baixezas contra o Papa, afirmando que críticas “machistas e chauvinistas” não serão toleradas, ele está nos ameaçando com quê? Eis aí um bom exemplo de arrogância graúda, oficial, que insulta os pagadores de impostos.
Faz muito sentido que a baixaria proclame seu caráter político e que a política seja a baixaria que vemos. Uma e outra confirmam o fato de que somos alvo de um projeto de poder cuja consolidação exige a destruição de nossa cultura e de nossos valores.
Por fim, e lateralmente, lembro às mocinhas e, especialmente a seus papais e mamães de “mentes abertas”, que todas devem ser respeitadas. E que um bom ponto de partida para isso está na regra de prudência que recomenda respeitarem-se elas a si mesmas.
No mês passado, ZH noticiou que em alguns locais de festas, alegadamente incomodadas pelo calor reinante, mulheres tiram a roupa e elevam em mais alguns graus a temperatura ambiente.
A matéria informava que o spogliarello era interpretado como atitude política (algo supostamente relacionado com a libertação feminina) e que as dançarinas diziam-se contrariadas quando algum audacioso ensaiava passar a mão nos seus compartimentos.
Nestes dias, circula na rede o vídeo de uma banda de mulheres que se assumem como “Putinhas Aborteiras” e executam, com bocas sujas e gestos desafinados, uma sucessão de abjeções supostamente musicais, tendo como mote a pessoa do papa Francisco. Tudo sob o patrocínio da TVE, a televisão educativa (!) da Fundação Cultural Piratini, que transmitiu o show.
Reflitamos sobre esse breve pot-pourri. A tolerância com o contraditório, com a diversidade, é uma virtude das sociedades civilizadas. Mas não é saudável a tolerância com quem, de modo arrogante, desrespeita os demais mediante grosserias, vilania e múltiplas formas de corrupção.
Tolerância perante a arrogância desaforada de gente adulta não é civilidade. É frouxidão! Quando o presidente da Fundação Piratini sai em defesa das Putinhas Aborteiras e suas baixezas contra o Papa, afirmando que críticas “machistas e chauvinistas” não serão toleradas, ele está nos ameaçando com quê? Eis aí um bom exemplo de arrogância graúda, oficial, que insulta os pagadores de impostos.
Faz muito sentido que a baixaria proclame seu caráter político e que a política seja a baixaria que vemos. Uma e outra confirmam o fato de que somos alvo de um projeto de poder cuja consolidação exige a destruição de nossa cultura e de nossos valores.
Por fim, e lateralmente, lembro às mocinhas e, especialmente a seus papais e mamães de “mentes abertas”, que todas devem ser respeitadas. E que um bom ponto de partida para isso está na regra de prudência que recomenda respeitarem-se elas a si mesmas.
26 de maio de 2014
Percival Puggina, Zero Hora
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