"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

ISSO AÍ É UMA PRESIDENTE OU UM "ESPECTRO FANTASMAGÓRICO"?

 

 
A oposição reagiu fortemente ao discurso da presidente Dilma Rousseff, que durante a abertura da 17º Congresso da União da Juventude Socialista, do PCdoB, no sábado, voltou a recorrer ao discurso do medo para associar uma eventual vitória de Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB) ao retrocesso, ao desemprego, e à adoção de medidas impopulares, que ela qualificou de "espectros fantasmagóricos".
 
Para a oposição, Dilma demonstra desespero antes mesmo da campanha iniciar. Eles avaliaram que os ataques dela são fruto de marketing, e que ela não tem discurso próprio, mas segue apenas o que dizem seu marqueteiro, João Santana, ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
A participação da presidente no encontro não estava programada e foi confirmada em cima da hora no sábado. Para os militantes do PCdoB, partido que domina o Ministério do Esporte desde o governo Lula, Dilma disse que não havia sido eleita para criar desemprego, nem para acabar com a política industrial ou varrer a corrupção para debaixo do tapete. Em outro momento, afirmou:
 
— Quem tem lado sabe que é preciso estar atento, é preciso estar ao mesmo tempo com um olho no futuro e outro no passado. Esse olho no passado é para evitar que espectros fantasmagóricos tentem voltar com as ameaças às conquistas dos brasileiros, que eles já chamam abertamente de medidas impopulares e que significam arrocho salarial, desemprego e recessão.
 
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imabassahy (BA), contestou a presidente e disse que as afirmações dela não correspondem à verdade: — Na verdade, ela deve ter sido orientada pelo marqueteiro, porque sempre que se encontra forte dificuldades, ela convoca o marqueteiro para dizer o que ela tem de fazer. O que ela diz não corresponde à verdade. É uma fantasia. O governo é muito ruim, ela se revelou uma administradora incompetente, não demonstrou liderança para fazer transformações e reformas que o Brasil necessita, e se submete à vontade dominante do ex-presidente Lula.
Imbassahy acredita que há um desespero no governo. — O desespero invade o Palácio do Planalto e aí ela recorre a esse expediente. Mas a população cada vez dá menos importância ao que ela fala e acredita cada vez menos nela e no governo dela.
José Agripino, líder do DEM, fez uma avaliação semelhante. Mas, para ele, ao dizer que não foi eleita para colocar o país de joelhos, por exemplo, Dilma faz exatamente o contrário. — Ela não foi eleita para isso, mas está fazendo do Brasil um país sem competitividade, colocando, sim, a indústria de joelho graças a uma política econômica equivocada. Ela nega o que justamente está fazendo e os dados estão aí para provar.
E complementou: — O que ela devia ter feito no passado, para evitar o que está acontecendo agora, ela não fez. Demorou muito, por exemplo, para fazer as concessões dos aeroportos e estamos vendo o resultado.
Líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg foi irônico: ele afirmou que foram os quatro anos de governo de Dilma que podem deixar a população com medo: — A população está ficando com medo de mais quatro anos de Dilma porque o pais não cresce, a inflação aumenta e a presidente insiste no viés autoritário. O Brasil não aguenta mais isso.
Mendonça Filho (DEM-PE) também apontou desespero na presidente. — Quando bate o desespero, ela apela para o discurso do medo, ao qual está adotando mais cedo do que se imaginava. Isso demonstra que a derrota está batendo na porta dela. A campanha sequer teve início e ela está reagindo com apelação, que não tem sintonia com a realidade. Se o povo tem que ter medo é da inflação, do crescimento pífio e da corrupção na Petrobras. Esse é o medo do hoje.
 
(O Globo)

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