É generalizada a sensação de que faltam leis, bom senso e autoridade no cenário criado pelas greves que se disseminam pelo país, algumas com objetivos difusos ou intenções políticas camufladas sob pretensas reivindicações pontuais.
Motoristas e cobradores de ônibus pararam em São Paulo, com transtornos irreparáveis para a população, policiais civis inativos fazem paralisações em 10 Estados, provocando o aumento efetivo da insegurança, e técnicos-administrativos bloquearam o acesso à Universidade de Brasília. Ganha forma, com iniciativas das mais diversas categorias, de professores a garis, a anunciada onda de paralisações na antevéspera da Copa, o que caracteriza uma ação articulada dos que desejam afrontar governos, criar impasses para os últimos preparativos para o Mundial ou simplesmente transtornar a vida nas grandes cidades, para que a imagem do país no Exterior seja comprometida.
É evidente que a atitude desafiadora de grupos marcadamente oportunistas, resguardadas as exceções, foi viabilizada muito mais por uma sucessão de falhas do que pela coesão dos líderes paredistas. Falhou o governo ao não buscar a proteção de medidas capazes de assegurar o funcionamento de serviços essenciais antes e durante a Copa. Ignorou o Executivo as advertências de que deveria liderar uma mobilização no Congresso no sentido de finalmente definir os limites do direito de greve.
Falharam os parlamentares, que adiam indefinidamente a deliberação sobre esses limites, quando essa deveria, nas circunstâncias criadas por um acontecimento internacional, ser uma prioridade. E cometem falhas também os governantes estaduais e municipais, que não compartilharam esforços entre si e com o setor privado no sentido de evitar as paralisações ou pelo menos amenizar seus danos.
É surpreendente que, no caso da greve dos profissionais dos ônibus em São Paulo, a reação mais categórica do prefeito Fernando Haddad tenha sido a de que o movimento é uma sabotagem com tática de guerrilha.
O que se evidencia na paralisação dos motoristas e em outras de áreas essenciais é que os governos não sabem nem mesmo com quem negociar, porque as lideranças, divididas, confundem os administradores.
Não se admite que o governante da maior metrópole do país confesse que não dispunha de informações sobre a possibilidade de paralisação, assim como o governo federal não pode desculpar-se com o mesmo erro em relação às greves dos seus servidores.
Os protestos estão sendo propalados há muito tempo e contaminam, por efeitos diretos ou indiretos, atividades produtivas e o direito de ir e vir.
Entre outras falhas na preparação do Mundial, as autoridades devem confessar que erraram também na gestão de crises anunciadas. Mas, se houver vontade política, ainda há tempo para uma reabilitação.
É evidente que a atitude desafiadora de grupos marcadamente oportunistas, resguardadas as exceções, foi viabilizada muito mais por uma sucessão de falhas do que pela coesão dos líderes paredistas. Falhou o governo ao não buscar a proteção de medidas capazes de assegurar o funcionamento de serviços essenciais antes e durante a Copa. Ignorou o Executivo as advertências de que deveria liderar uma mobilização no Congresso no sentido de finalmente definir os limites do direito de greve.
Falharam os parlamentares, que adiam indefinidamente a deliberação sobre esses limites, quando essa deveria, nas circunstâncias criadas por um acontecimento internacional, ser uma prioridade. E cometem falhas também os governantes estaduais e municipais, que não compartilharam esforços entre si e com o setor privado no sentido de evitar as paralisações ou pelo menos amenizar seus danos.
É surpreendente que, no caso da greve dos profissionais dos ônibus em São Paulo, a reação mais categórica do prefeito Fernando Haddad tenha sido a de que o movimento é uma sabotagem com tática de guerrilha.
O que se evidencia na paralisação dos motoristas e em outras de áreas essenciais é que os governos não sabem nem mesmo com quem negociar, porque as lideranças, divididas, confundem os administradores.
Não se admite que o governante da maior metrópole do país confesse que não dispunha de informações sobre a possibilidade de paralisação, assim como o governo federal não pode desculpar-se com o mesmo erro em relação às greves dos seus servidores.
Os protestos estão sendo propalados há muito tempo e contaminam, por efeitos diretos ou indiretos, atividades produtivas e o direito de ir e vir.
Entre outras falhas na preparação do Mundial, as autoridades devem confessar que erraram também na gestão de crises anunciadas. Mas, se houver vontade política, ainda há tempo para uma reabilitação.
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