A cidade de Miami (EUA) acaba de declarar personas no gratas os proprietários da Globovisión, canal de notícias da Venezuela. A declaração foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Miami, segundo informa o jornal El Nuevo Herald.
Os empresários chavistas Gorrín, Cordero e Perdomo: agora personas no gratas em Miami, foram execrados publicamente pelo Conselho Municipal da cidade. (Foto do jornal El Nuevo Herald) |
“Como governo municipal temos a obrigação de tomar posição contra organização ou pessoas que não respeitam os direitos humanos em países cujos habitantes também residem aquí em Miami e a quem representamos como a capital da América Latina nos Estados Unidos”, disse Francis Suárez, integrante desse conselho municipal.
É que a Globovisión era o último canal de televisão que resistia à censura da ditadura comunista de Nicolás Maduro. Seu proprietário original, o empresário Ernesto Zuloaga, foi perseguido impiedosamente pelo finado tiranete Hugo Chávez. Zuloaga foi obrigado a refugiar-se no exterior.
Alguns de seus familiares e executivos continuaram tocando a televisão, mas as pressões do chavismo inviabilizaram a empresa, punida com multas milionárias pelos capachos de Fidel Castro. Sem alternativa, a família de Zuloaga foi obrigada a vender a Globovisión para três empresários ligados ao chavismo: Raúl Gorrín, Gustavo Perdomo, Juan Domingo Cordero.
Na última segunda-feira, o jornalista Antonio Maria Delgado, do El Nuevo Herald, revelou em reportagem especial que transcrevi aqui no blog, que Gorrín, Perdomo e Cordero, vivem uma vida de nababos em Miami depois que enriqueceram com a negociata facultada pelo regime de Maduro, que lhes proporcionou a compra de Globovisión.
Os três, segundo a denúncia da reportagem de Delgado, possuem mansões, frequentam os locais mais caros de Miami, e desfilam pilotando carros de luxo, extravasando seu gozo típico de novos ricos.
Num momento em que o Senado americano examina a edição de sanções contra a ditadura venezuelana que mantém presos políticos, inclusive o líder oposicionista Leopoldo López e mais três prefeitos, além de estudantes que denunciam torturas nos calabouços da política do regime chavista, a reportagem de El Nuevo Herald suscitou uma revolta por parte dos cidadãos de Miami, particularmente, centenas de refugiados venezuelanos que vivem no Sul da Florida, sendo que muitos já se tornaram cidadãos americanos.
O ex-prefeito de Miami, Joe Carollo - quem originalmente apresentou a resolução - destacou que "o documento representa um claro protesto contra os três empresários boliburgueses”, que se beneficiam do governo de Maduro levando suas fortunas para fora da Venezuela”. Segundo a resolução a presença do três, como de outros “boliburgueses” é “hipócrita, inoportuna e repugnante”.
Faz sentido a assertiva da Comissão de Miami, já que a Globovisión, desde que passou às mãos de Gorrin, Cordero e Perdomo, passa as 24 horas do dia a defender a tal “revolução bolivariana”, repetindo o mantra ditado pelo finado caudilho Hugo Chávez: “ser rico es malo”, enquanto fecha os olhos para as atrocidades cometidas diariamente contra o povo venezuelano que há três meses protesta nas ruas da Venezuela.
Transcrevo no original em espanhol a primeira parte da reportagem do jornal El Nuevo Herald com link para leitura completa. Leiam:
EN ESPAÑOL - Una resolución que declara personas no gratas a los propietarios de la televisora venezolana Globovisión, fue aprobada el jueves de forma unánime por la Comisión de Miami.
El comisionado Francis Suárez, quien planteó la moción para aprobar la medida, dijo que esta es una clara expresión de solidaridad con el pueblo de Venezuela y su lucha contra un régimen totalitario.
“Como gobierno municipal tenemos la obligación de tomar posición en contra de organizaciones o personas que no respetan los derechos humanos en países cuyos habitantes también residen aquí en Miami y a quienes representamos como la capital de Latinoamérica en Estados Unidos“, dijo Suárez a el Nuevo Herald.
El ex alcalde de Miami, Joe Carollo, –quien originalmente presentó la resolución–, destacó que ésta representa una clara protesta contra los empresarios Raúl Gorrín, Gustavo Perdomo, Juan Domingo Cordero, quienes son dueños de Globovisión y “se benefician del gobierno de Nicolás Maduro lavando sus fortunas fuera de Venezuela”.
No fue posible contactar a un representante de Globovisión para que comentara sobre la decisión de la Comisión de Miami.
Según la resolución, la presencia en Miami de Gorrín, Perdomo y Cordero, “así como la de otros enchufados” del régimen de Venezuela es “hipócrita, inoportuna y repugnante”.
“El mensaje que le estamos enviando al mundo entero es claro: no queremos enchufados en Miami”, dijo Carollo. “El grito de S.O.S. de los estudiantes de Venezuela ha recibido hoy una respuesta firme, un primer paso en los Estados Unidos contra algunos de los individuos que más han estado apoyando a un régimen que oprime al pueblo en las calles, como es el caso de los dueños de Globovisión”.
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