Se fosse hoje, meus pais estariam presos !!!
Um empresário amigo me disse, num programa de que participo na TV Pampa:
“Se nossos pais fossem vivos hoje, iriam para a cadeia”.
Claro: nos mandavam lavar a louça, varrer a casa, fazer os temas, tomar banho rápido, não deixar restos de comida no prato, rezar antes das refeições, nos passavam a vara de marmelo na bunda.
Incrível: esses insensíveis, trogloditas, nos diziam NÃO a toda hora, não“frouxavam” os pilas, nos faziam usar as roupas dos irmãos mais velhos, nos proibiam a bebida alcoólica.
Quanta crueldade.
Mais: nos obrigavam a aprender a tocar um instrumento musical, davam sempre razão aos professores, nos faziam calar ante um simples olhar.
Para mim, e muitos amigos, o que sobrou como preciosas pepitas de ouro das “datas” foram as missas e os cultos na Igreja, as canções de Natal, a Missa do Galo, as orações ajoelhados ao lado do fogão, no inverno, o presépio arrumado na sala.
Na Páscoa um ou dois ovos comprados. O resto eram ovos de galinha com um furinho onde colocavam amendoim açucarado –tudo feito em casa. No Natal, um brinquedinho simples, uma bola de futebol, qualquer coisa.
Incrível! Nossos pais não tinham obrigação de nos darem uma viagem para a Disney e não nos tornamos bandidos por causa disso. Não eram obrigados a nos dar um carro por termos passado no vestibular.
Mas que valor tinham os olhos úmidos de pai e mãe quando a gente se despedia deles depois de uma visita.
Que valor um tímido abraço do pai no dia do aniversário da gente! Que inestimáveis os colóquios à mesa à noite.
Foi ali que quase todos da minha geração forjaram seu caráter e marcaram, com fogo na alma, a tábua de valores.
Vêm aí o Natal e o Ano Novo.
Há décadas que vou dormir cedo mesmo nessas datas. Não vejo nenhuma necessidade de empanturrar-me de comida e beber exageradamente.
Ninguém me convence de que tenho obrigação “de ser feliz” como a TV manda.
Muito menos de soltar foguetes ruidosos, incomodando os idosos e os doentes e sujeito a perder os dedos na explosão.
Mas hoje é preciso ter muita luz no coração para não se deixar levar pelo consumismo inconsequente e pelo que a tal da deusa global nos quer obrigar a fazer.
Claro: nos mandavam lavar a louça, varrer a casa, fazer os temas, tomar banho rápido, não deixar restos de comida no prato, rezar antes das refeições, nos passavam a vara de marmelo na bunda.
Incrível: esses insensíveis, trogloditas, nos diziam NÃO a toda hora, não“frouxavam” os pilas, nos faziam usar as roupas dos irmãos mais velhos, nos proibiam a bebida alcoólica.
Quanta crueldade.
Mais: nos obrigavam a aprender a tocar um instrumento musical, davam sempre razão aos professores, nos faziam calar ante um simples olhar.
Para mim, e muitos amigos, o que sobrou como preciosas pepitas de ouro das “datas” foram as missas e os cultos na Igreja, as canções de Natal, a Missa do Galo, as orações ajoelhados ao lado do fogão, no inverno, o presépio arrumado na sala.
Na Páscoa um ou dois ovos comprados. O resto eram ovos de galinha com um furinho onde colocavam amendoim açucarado –tudo feito em casa. No Natal, um brinquedinho simples, uma bola de futebol, qualquer coisa.
Incrível! Nossos pais não tinham obrigação de nos darem uma viagem para a Disney e não nos tornamos bandidos por causa disso. Não eram obrigados a nos dar um carro por termos passado no vestibular.
Mas que valor tinham os olhos úmidos de pai e mãe quando a gente se despedia deles depois de uma visita.
Que valor um tímido abraço do pai no dia do aniversário da gente! Que inestimáveis os colóquios à mesa à noite.
Foi ali que quase todos da minha geração forjaram seu caráter e marcaram, com fogo na alma, a tábua de valores.
Vêm aí o Natal e o Ano Novo.
Há décadas que vou dormir cedo mesmo nessas datas. Não vejo nenhuma necessidade de empanturrar-me de comida e beber exageradamente.
Ninguém me convence de que tenho obrigação “de ser feliz” como a TV manda.
Muito menos de soltar foguetes ruidosos, incomodando os idosos e os doentes e sujeito a perder os dedos na explosão.
Mas hoje é preciso ter muita luz no coração para não se deixar levar pelo consumismo inconsequente e pelo que a tal da deusa global nos quer obrigar a fazer.
10 de janeiro de 2014
in lilicarabina
http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2014/01/relembrancas-de-um-distante-lugar-onde.html
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