"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PROPOSTA PARA TIRAR O NDES DO BNDES


“A partir da publicação desta lei, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, passará a ser denominado de Banco.“

O Partido Bem Eficiente, em formação, propõe aos demais deputados de outros partidos que criem uma lei propondo a mudança da razão social do BNDES para B, de Banco.
Propõe a eliminação dos termos Social, Desenvolvimento, Econômico e Nacional da sigla BNDES, por razões éticas.

O BNDES aprovou empréstimo de R$ 190 milhões, a juros subsidiados, para a renovação de 227 quartos de luxo no Hotel Glória do Rio de Janeiro.
Façam os cálculos de quanto sairá por quarto. Serão renovados também duas suítes presidenciais de 300 metros quadrados.

Acontece que Renovação deveria ser custeada pelo lucro do Hotel, já que o Hotel existe e funciona, e nunca pelo povo Brasileiro.
Isto já é suficiente para retirar o Social da razão social do BNDES.

Um S não pode financiar um Hotel de 5 Estrelas, não está no seu Objeto Social.
Já que o BNDES faz os empréstimos que faz, basta tirar o S para ele voltar a ser coerente e não confundir os funcionários, os diretores do Banco, e o contribuinte brasileiro.

Em termos de Desenvolvimento, não há nenhum Desenvolvimento em refazer um hotel que já existe. Renovação não é Desenvolvimento, e sim Renovação, como estava explicitamente dito no projeto.
Em termo de Econômico, não há nada econômico em R$ 190 milhões serem emprestados para renovar, sequer construir, 352 quartos no total. A maioria de luxo discutível, num país que está se isolando cada vez mais do intercâmbio internacional.
Executivos do Uruguai, Argentina, Paraguai, e agora Venezuela, não possuem recursos para pagar um hotel destes.

E como o Hotel Glória pertence ao grupo Suíço Acron, o Termo Nacional também não é cabível.
Ou seja, o BNDES virou um Banco a serviço não de um país, de um projeto de desenvolvimento, de um ideal de justiça e equidade social. Renovar o BNDES é simples, basta tirar as siglas que não fazem mais sentido.

O objetivo aqui não é repensar o BNDES, é pedir uma “volta às origens“, um “back do basics”, como muitas vezes se faz em Administração quando uma empresa se desvia da sua razão social.
Num país que não acredita nos princípios da Administração isto é impossível, um caminho sem volta para o BNDES.

O Partido Bem Eficiente não espera eficiência neste caso, somente transparência.
A partir da publicação desta lei, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, passará a ser denominado de Banco.
Algo para se pensar.

(artigo enviado por Mário Assis)

11 de outubro de 2013
Steffen Kanitz

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