"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PEGOU 115 ANOS E SAIU LIVRE: "ISSO AQUI É BRASIL". É O PAÍS DE LULA, CELSO DE MELLO...

 

Adriano Chafik e o capataz Washington Silva ouvem a sentença
O fazendeiro Adriano Chafik e o capataz Washington Silva ouvem a sentença. Depois vão para suas casas

Terminou na madrugada desta sexta (11) o julgamento do fazendeiro Adriano Chafik Luedy. Responsabilizado por encomendar e participar da chacina que passou cinco sem-terra nas armas e deixou outros 12 feridos, Chafik foi condenado a 115 anos de cadeia. A despeito disso, conta o repórter Paulo Peixoto, ele deixou o Tribunal de Júri de Belo Horizonte em liberdade.
 
O crime é de 2004. No ano seguinte, o fazendeiro chegou a ser preso. Mas não esquentou lugar. O STJ mandou soltar. Como seus advogados manobrassem para enviar o processo às calendas, Chafik voltou para o cárcere no último mês de agosto. Novamente, o STJ restituiu-lhe o meio-fio.
 
Alega-se que o sujeito não vai em cana agora porque o STJ ainda não apreciou o mérito do seu penúltimo habeas corpus. Durante o julgamento da noite passada, o juiz quis saber de Chafik por que ele invadira terras públicas. A resposta veio em duas partes.
 
Numa, Chafik disse ao juiz que as terras haviam sido registradas em cartório “com o aval do Estado”. Noutra, ele arrematou: “Isso aqui é Brasil”. O condenado tem razão. Estamos no Brasil. Um país onde há a mais nítida possibilidade de criação de um mundo inteiramente novo. Caos não falta.

11 de outubro de 2013
Josias de Souza - UOL 

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