"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"AVACALHAÇÃO. QUE COISA! TÔ FICANDO VELHO'.

 

Já é avacalhação!
(Avacalhação, segundo o Dicionário WEB, é o ato de bagunçar, promover desordens e permitir algo absurdo do ponto de vista ético e moral).
Já houve um tempo (meninos, eu vi!) em que os assaltos eram cometidos por bandidos com máscaras, para ocultar os rostos. A polícia prendia “aos costumes” pelo crime de vagabundagem (abstrai-se a crueldade com os desempregados). As traições eram consumadas em sigilo.

Hoje, assaltos são planejados nos palácios e comemorados em restaurantes. Reparte-se o butim em gabinetes.
Hoje, a Justiça libera condenados do cumprimento de penas e transforma roubos em crimes menores. E as traições ocorridas em plenários e tribunais são transmitidas ao vivo.

Quer dizer então que, somados, os tempos na TV do PROS e Solidariedade na TV serão equivalentes ao reservado ao do PSDB? Que o PSOL terá metade do tempo do PSC? Que o PR vai ocupar mais espaço que o PSB?

Se isso não é avacalhação, o que é? Lei? Ok, uma lei avacalhada! Os tempos destes nanicos amorais (não me refiro a Celso Amorim) serão usados (vendidos?) para fortalecer o PT. São partidos que não se contam em parlamentares. São partidos-taxímetros.
 
O assombroso é que deveríamos todos perguntar; “Onde é que estamos? Que tempos são estes?” Sei, estamos no Brasil e são tempos medíocres. Só isto explica a negociata exposta publicamente. O que antes era feito às escondidas hoje é assumido como handicap pelos venais.
 
Não se sentem envergonhados. Nem há algum repórter que ouse perguntar: “Qual o programa do partido que o SEU partido apoia?”. Ou: “Há discordância entre o que vocês acreditam e o que o partido majoritário prega?”.
 
Nada. Nem ao menos a pergunta óbvia: “Os eleitores de seu partido foram consultados sobre a aliança?”.
Vale para qualquer partido, qualquer tendência. De oposição e principalmente de situação. O PT criou o PROS em busca de 1 minuto. E de apoios nunca explicados. Idem o Solidariedade de Paulinho da Força Fraca.
 
São todos amantes que não precisam de motel nem de moita. Preferem as tribunas. E com TV filmando! Se comprazem com a safadeza que deveria – ao menos, em nome de alguma vergonha – ser privada. Ou bidê, tanto faz.
 
O que vem a ser o PROS? Pros o que? Contras quem?
Só sabemos que Ideli Salvatti esteve à frente (com Fernando Pimentel) desta criação teratológica. Isso já diz tudo.
O SDD (que sigla!) de Paulinho Toda Força registrou como apoiadores (aceitos pelo TSE) até defuntos.
 
E estão aí, vendendo minutos. Faltam ideias e ideais. Sobra avacalhação. E dinheiro. Pedágio. Suborno. Propina. Capilés (com segundas intenções ninjas, por favor).
Mais uma luta perdida. Como eu, muito se insurgiram contra a contravenção penal da dita vagabundagem em um país de desempregados. Perdemos.
 
Sinto falta de alguém dizer em alto e bom som: “AOS COSTUMES!”.
Seria um retrocesso penal e jurídico, mas um avanço ético e político.
Senhores que precisam de parlamentares para transformá-los em segundos, por favor, fiquem atentos: “AOS COSTUMES!”

11 de outubro de 2013
REYNALDO ROCHA

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