O publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (2010/2014), afirmou em delação premiada à Procuradoria-Geral da República que a ex-presidente ‘não tinha uma relação de confiança’ com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato. Segundo João Santana, a petista pediu ao seu ministro da Fazenda Guido Mantega que assumisse o lugar de Vaccari na arrecadação de caixa 2 para a campanha.
“Ela (Dilma) já sabendo da nossa angústia em relação à dívida que permanecia da campanha de 2010, me disse que não me preocupasse em relação ao que aconteceria em 2014, porque ela não ia deixar se repetir os mesmos erros, que ela iria tirar a administração desses pagamentos de Vaccari, que aliás é uma pessoa que eu não sei o motivo, mas a presidente Dilma não tinha uma relação amistosa, nem de confiança, e queria colocar uma pessoa de sua confiança, que se revelou que era o ministro Guido Mantega.”
DILMA RESPONDE – Em nota enviada à imprensa, a assessoria de Dilma Rousseff disse que a petista ‘nunca negociou doações eleitorais ou ordenou quaisquer pagamentos ilegais a prestadores de serviços em suas campanhas, ou fora delas’.
“São mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos diálogos acerca dos pagamentos de serviços de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com João Santana ou Monica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de serviços de suas campanhas sobre tal assunto”, informou a assessoria da ex-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As delações de João Santana e Mônica Moura confirmam as revelações da Odebrecht sobre a atuação de Mantega à frente do Caixa 2 na campanha de Dilma. Ela pode negar à vontade, dizer que é invencionice, mas o fato é que as delações estão se concatenando e montando um quebra-cabeças que comprova o envolvimento direto de Dilma no caixa 2, embora ela fosse distraída como Lula e jamais soubesse de nada. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As delações de João Santana e Mônica Moura confirmam as revelações da Odebrecht sobre a atuação de Mantega à frente do Caixa 2 na campanha de Dilma. Ela pode negar à vontade, dizer que é invencionice, mas o fato é que as delações estão se concatenando e montando um quebra-cabeças que comprova o envolvimento direto de Dilma no caixa 2, embora ela fosse distraída como Lula e jamais soubesse de nada. (C.N.)
16 de maio de 2017
Rafael Moraes Moura, Breno Pires e Lauriberto Pompeu
Estadão
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