MORTE DE TEORI ZAVASCKI PODE ESTAR RELACIONADA ÀS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO

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A morte de Teori Zavascki beneficia em primeiro momento os principais implicados na Operação Lava Jato, particularmente os envolvidos nas delações dos diretores executivos da Odebrecht. Teori Zavascki era o relator da operação no STF, cabendo a ele tomar, entre outras, decisões relativas a políticos com foro privilegiado envolvidos nas investigações.

As delações dos diretores da Odebrecht seriam homologadas nesse mês de fevereiro, segundo o próprio ministro havia informado no final do ano passado. Com a sua morte, o prazo para a homologação dessas delações fica ao menos por enquanto indefinido, o que beneficia enormemente os políticos denunciados nessas delações.

Apesar de ter sido indicado pela ex-presidente petista, Teori Zavascki se destacava por uma atuação relativamente independente, não necessariamente pautada pelo viés ideológico esquerdista que caracteriza as decisões da maioria dos integrantes da suprema corte brasileira.

No ano passado Teori acatou pedido de decisão liminar por parte da Advogacia Geral da União sobre um procedimento investigativo da Lava Jato envolvendo escutas telefônicas entre Lula e a então presidente Dilma. A decisão liminar foi interpretada erroneamente por toda a imprensa como sendo uma suposta “concessão” de foro privilegiado a Lula. Nós do Crítica Nacional demos a interpretação correta conforme mostrada nesse artigo aqui, e que foi confirmada na mesma semana por jornalistas independentes e capacitados, como Alexandre Garcia.


Ameaças e intimidações

Ainda no ano passado, o filho do ministro comunicou em sua rede social que a família vinha sofrendo ameaças e chantagens por conta das investigações da Lava Jato, conforme revelou também reportagem do jornal O Estado de São Paulo nesse artigo aqui. Soma-se a isso o fato de militantes de partidos e de segmentos políticos investigados pela Lava Jato estarem sempre fazendo declarações com ameaças de morte ao juiz Sérgio Moro e aos demais integrantes da equipe de investigações da Lava Jato.

As investigações técnicas a serem conduzidas pela Aeronáutica irão determinar nos próximos dias as causas da queda do avião. Se estas investigações forem conduzidas com a correção e a isenção, não será surpresa se chegarem à conclusão de que o avião foi sabotado e que, portanto, o ministro tenha sido assassinado.

A relatoria do Lava Jato no STF ficará a cargo do próximo ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer. Nesse ínterim, a presidente da corte, ministra Carmen Lúcia, poderá indicar um relator temporário ou interino para fazer o acompanhamento das investigações.

19 de janeiro de 2017
paulo enéas
crítica nacional