Cansei dessa conversa fiada de que o Sul Maravilha já tem o poder econômico e então nós, coitadinhos do Nordeste, deveríamos ter o poder político para compensar. Isso é o poder? É a modernidade? Quero deixar claro aqui que não tenho preconceitos de raça, cor, gênero ou região do país, mas os representantes políticos, em geral, são de péssima qualidade hoje em dia, e os das regiões menos favorecidas do Brasil conseguem ser ainda piores.
Mesmo com uma super-representação e levando bilhões de reais através dos Fundos de Participação dos Estados e/ou Municípios, Finor, Banco do Nordeste etc., nunca acabaram com a miséria e o analfabetismo no Norte/Nordeste. E inacreditável que Natal, por exemplo, tenha uma Arena das Dunas, mas não tenha sequer um Instituto Médico-Legal.
COMEÇAR DO ZERO – Temos que acabar com tudo que aí está e começar do zero. Por que o voto de um paulistano (São Paulo é a maior capital nordestina do país, deve-se lembrar) vale 36 vezes menos que um voto de um acreano? Somos todos brasileiros! “One man, one vote” – ou seja, um homem um voto.
Essa distorção é uma palhaçada que se consolidou com os militares, pois a Arena reinava onde o povo era menos esclarecido e teve seu auge com o Ribamar (Sarney) transformando territórios em estados. com 3 senadores cada.
VOTO DISTRITAL JÁ – Me referi acima à eleição para representantes da Câmara dos Deputados. Esclareço que sou pelo fim das coligações, defendo o voto distrital, o fim do voto obrigatório, a mudança na representação por estados (número de representantes mínimo e máximo), inclusive diminuindo o número total de deputados.
No Senado (por mim, seria sistema unicameral), a diminuição do período do mandato, pois 8 anos é tempo demais. Defendo também a redução do número de senadores por estado e a suplência ficaria para o segundo mais votado. Faltando também o segundo, assumiria o terceiro mais votado e assim por diante.
Temos que mudar muita coisa. Hoje o estatuto do partido (qualquer um deles diz ser contra algum tema e o parlamentar eleito vota em desacordo ao que dizem as normas da legenda e nada lehe acontece. Não pode ser assim, pois muitos eleitores votam só nos partidos e não em candidatos. A meu ver, está tudo errado.
19 de janeiro de 2017
Jose António Perez Jr.
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