"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

EX-HOMEM FORTE DE LULA DEFENDE ACORDÃO DEM-PT POR BOQUINHAS NO CONGRESSO

EX-MINISTRO PETISTA QUER APOIO A MAIA (DEM) DE OLHO EM CARGOS
CONGRESSO É A ESFERA DE "ATUAÇÃO INSTITUCIONAL QUE NOS RESTA NO PLANO NACIONAL" FOTO: PT



Ex-ministro do governo Dilma e ex-chefe de gabinete da Presidência no governo Lula, Gilberto Carvalho defendeu em uma carta endereçada a parlamentares petistas que as bancadas da Câmara e do Senado façam acordos com partidos da base do presidente Michel Temer a fim de garantir boquinhas na Mesa Diretora das duas Casas Legislativas, e respectivos cargos ara assessores. A manifestação de Gilberto Carvalho vai na linha do que tem defendido o ex-presidente Lula.

Na longa carta, intitulada "As difíceis encruzilhadas da vida", o petista afirmou que, inicialmente, o partido deve preferir apoiar candidatos com quem tenha afinidade política. Carvalho destacou que o "essencial" é assegurar os espaços, sem que haja compromisso de voto em candidatos a presidente do "bloco golpista".

Mas o ex-ministro reconhece na manifestação o apoio a aliados do governo por uma decisão tática: "Se, finalmente, formos colocados ante uma inevitável disjuntiva, ou vota-se numa das candidaturas ou estaremos excluídos dos principais espaços, não tenho receio em opinar que devemos sim negociar com altivez, coletivamente, não apenas para assegurar os espaços, como para obter compromissos definitivos dos novos presidentes com a tomada de medidas que restabeleçam o funcionamento democrático das Casas e o retorno do acesso legítimo do povo à Sua casa."

Carvalho avalia que essa decisão "evidentemente" trará desgastes. Mas frisou que, após a perda do Executivo, com o impeachment de Dilma Rousseff, o Congresso é a esfera de "atuação institucional que nos resta no plano nacional". "Por isso, temos advogado a necessidade de uma atuação forte, consequente e muito articulada de nossas bancadas com os movimentos sociais e a sociedade civil", disse.

O ex-ministro, que atualmente trabalha na liderança da oposição no Senado, disse que é necessário lembrar que o Legislativo em 2017 será o campo de "batalhas importantíssimas", como a da Reforma da Previdência e Trabalhista, peças chaves na implantação do novo modelo, e que "vão atingir em cheio os mais pobres".

"É verdade também que o Parlamento tem sido palco de derrotas clamorosas e gravíssimas para nós e nosso Projeto. Quando o governo e sua maioria resolvem passar o rolo compressor, o máximo que conseguimos é adiar por alguns dias as duras decisões que estão deformando o País, a Constituição e assaltando o direito dos pobres, realizando um eficaz, violento e rapidíssimo reenquadramento do País no modelo neoliberal mais duro. Portanto não há que ter ilusões de que poderemos ter grandes vitórias, com ou sem a participação nossa nas mesas e na presidência ou relatoria de comissões".

"A verdade é que, enquanto o governo Temer derrete perante a Sociedade e fracassa em seu modelo econômico, apresenta, no entanto, um desempenho de vitórias no Legislativo de causar inveja aos nossos melhores tempos. Portanto trata-se de um palco de lutas fundamental nesta Guerra", destaca Carvalho.


19 de janeiro de 2017
diário do poder

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