"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

SUSPENSE TOTAL, PORQUE EMÍLIO ODEBRECHT ESTÁ REVELANDO A CORRUPÇÃO NA ERA FHC


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Ilustração reproduzida do site Muda Mais Congresso
O presidente do Conselho da Odebrecht, Emílio Odebrecht, principal responsável pela decisão que levou a delação dele e mais 76 executivos da empreiteira, prestou depoimento na Procuradoria-Geral da República. Este seria o segundo depoimento do empresário, desde o início da rodada de interrogatório dos executivos da Odebrecht. Mais de 80 procuradores estão interrogando executivos da empreiteira em 29 cidades.
Pelo que ficou acertado no acordo de delação, o empresário deverá falar sobre a atuação da empreiteira durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outras administrações passadas. Deverá ainda discorrer sobre as relações da cúpula da empresa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São informações que vão além do pagamento de obras em um sítio em Atibaia, onde o ex-presidente costumava frequentar.
À FRENTE DA EMPRESA – Pelo acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República, Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, será punido com quatro anos de prisão domiciliar. Antes de começar a cumprir a pena, ele terá um ano livre para tocar a empresa. A medida foi considerada essencial no desfecho do acordo. O empresário alega que, sem ele no comando, a empresa quebraria. Os procuradores acharam a argumentação razoável e concordaram em prorrogar o prazo para o início do cumprimento da pena.
Em Curitiba, Marcelo Odebrecht confirmou o conteúdo da delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, divulgado na semana passada. Melo acusou o presidente Michel Temer de pedir dinheiro ao então presidente da Odebrecht numa reunião no Palácio do Jaburu em maio de 2014.
NAS MÃOS DE YUNES – Parte do dinheiro teria sido entregue em espécie no escritório do advogado José Yunes, assessor especial de Temer na presidência da República. Ex-tesoureiro do PMDB em São Paulo, Yunes é amigo de Temer há 50 anos. Cláudio Melo também disse que fez pagamentos destinados a mais 53 políticos, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá PMDB-RR).
De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo, Marcelo Odebrecht confirmou que o presidente Michel Temer lhe pediu R$ 10 milhões para a campanha do PMDB em 2014. No depoimento, o empresário não deu detalhes sobre o pagamento solicitado por Temer.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Já se sabe, com fartura de detalhes, como funcionava o esquema de corrupção dos governos do PT. A grande novidade é saber até que ponto chegou a corrupção no governo de Fernando Henrique Cardoso, que comprou no Congresso sua reeleição por 30 dinheiros, quer dizer, R$ 300 mil, que na época era uma boa quantia. Os crimes da era FHC estão prescritos. O mais importante, portanto, é que essas revelações de Emilio Odebrecht vão abortar o plano de FHC voltar ao poder, em eleição indireta, porque Temer já está balançando, digamos assim. Como se sabe, FHC era igual a Lula, muito ligado à Odebrecht, que também bancava palestras dele. (C.N.)

16 de dezembro de 2016
Jailton de Carvalho
O Globo

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