“Se o clamor popular alcançar relevância, as Forças Armadas poderão ser chamadas a intervir, inclusive em defesa do Estado e das instituições.”
Rômulo Bini Pereira é descrito no Estadão como General de exército e ex-chefe do Estado-Maior do Ministério da Defesa. Neste 15 de dezembro, ele assina no jornal artigo intitulado “Alertar é preciso! (2)“.
A notícia boa é que Pereira tem uma visão muito realista da situação. Ele faz severas e justas críticas aos três poderes. E pergunta se o segundo artigo da Constituição ainda “está em vigor ou é um princípio fundamental inócuo?” Trata-se do artigo que define: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário“.
A ruim é que de fato ele não descarta a possibilidade de as Forças Armadas intervirem nos rumos políticos do país. O Implicante toma a liberdade de reproduzir os dois últimos parágrafos:
“É nesse cenário de ‘desgraças’ que as instituições maiores e seus integrantes deverão ter a noção, a consciência e a sensibilidade de que o País poderá ingressar numa situação de ingovernabilidade, que não atenderá mais aos anseios e às expectativas da sociedade, tornando inexequível o regime democrático vigente. O aludido brejo é significativo. É um caso, portanto, a se pensar.
Desse modo, se o clamor popular alcançar relevância, as Forças Armadas poderão ser chamadas a intervir, inclusive em defesa do Estado e das instituições. Elas serão a última trincheira defensiva desta temível e indesejável ‘ida para o brejo’. Não é apologia ou invencionice. Por isso, repito: alertar é preciso.”
O Implicante não quer acreditar que isso seja possível.
16 de dezembro de 2016
implicante
Nenhum comentário:
Postar um comentário