Planilha do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht apreendida pela PF na casa de Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empresa, informa pagamento de R$ 1 milhão a “Angorá”, no dia 18 de agosto de 2014. Em sua delação, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho afirmou que o dinheiro doado ao PMDB foi destinado a Paulo Skaf (R$ 6 milhões) e a Eliseu Padilha (R$ 4 milhões). “No caso em concreto, o codinome utilizado pelo setor de operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira foi ‘Angorá’,” disse o ex-executivo.
Segundo o delator, o total de R$ 10 milhões de doações para o PMDB teria sido pedido em 2014 pelo presidente Michel Temer, o que o Palácio nega. Contribuições oficiais da Odebrecht ao PMDB em 2014 totalizaram R$ 11,3 milhões, pagos entre 5 de setembro e 23 de outubro.
Nesta quarta-feira, Padilha negou ter recebido os valores. “Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja”, disse ele, para quem a acusação “é uma mentira”.
Em nota, a Odebrecht informou que “não se manifesta sobre o tema e colabora com a Justiça”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assim não é possível. Parece um plano para enlouquecer os jornalistas. Todo mundo sabe que “Angorá” é o apelido que Leonel Brizola colocou em Moreira Franco. Agora, os chefões da Odebrecht resolvem chamar de “Angorá” justamente Padilha, que é careca e tem uns fiozinhos implantados no alto da cabeça, que ele cultiva cuidadosamente. Daqui a pouco vão dizer que “Mineirinho” na planilha é o Paulo Maluf, e a gente enlouquece de vez. (C.N.)
16 de dezembro de 2016
Thiago Herdy
O Globo
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