"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

GILMAR MENDES DIZ QUE FUX BAIXOU UM NOVO "AI-5" E DEVIA FECHAR LOGO O CONGRESSO


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O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou à Folha que o ministro Luiz Fux deveria “fechar o Congresso de uma vez e dar a chave ao procurador Deltan Dallagnol [da Lava Jato]”. O ministro reagiu à decisão de Fux que, por meio de uma liminar, determinou que a Câmara dos Deputados vote novamente o projeto anticorrupção que foi apresentado ao parlamento por meio de uma proposta de iniciativa popular.
A coleta de assinaturas à proposta foi liderada pelo procurador Dallagnol e apoiada pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
“Ele [Fux] decidiu decidir pelo Congresso. Anulou uma votação que teve a participação de 400 parlamentares. E quer criar um novo rito de tramitação [das propostas de iniciativa popular] sendo que todas as outras, como por exemplo a da lei da Ficha Limpa, tramitaram da mesma forma”, observa Mendes.
“É mais fácil então ele substituir o Congresso pela equipe da Lava Jato” segue. “Todos sabem que o projeto foi feito pela equipe da Lava Jato e que atende a interesses de empoderamento dessa equipe. Fux então deveria entregar a chave do Parlamento a eles”, finaliza o magistrado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Gilmar Mendes está cada vez mais boquirroto e faz exatamente o que a Lei Orgânica da Magistratura condena – opinar sobre processos que estejam sob exame por outro magistrado. O ministro considerou uma “perda de paradigmas” a decisão do colega Luiz Fux que determina que a devolução do projeto anticorrupção à Câmara para análise da proposta a partir da estaca zero. Diz Gilmar Mendes que impor ao Congresso que aprove um texto sem fazer alterações é o mesmo que fechar o Legislativo. “É um AI-5 do Judiciário”, afirmou. Para ele, o Supremo caminha para o “mundo da galhofa”. Bem, depois dessas declarações, se o ministro quiser ganhar ainda mais espaço na mídia, deveria montar um espetáculo de “stand up comedy” na noite de Brasília, que tem poucas atrações. Seria um sucesso retumbante, em todos os sentidos. (C.N.)


16 de de dezembro de 2016
Mônica Bergamo
Folha

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