"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

PRISÃO DE MANTEGA EXIBE A CORRUPÇÃO QUE MARCOU A POLÍTICA ECONÔMICA DO PT


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Charge do Cicero (ciceroart.blogpot.com)
O pedido de prisão temporária do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, decretado quinta-feira e revogado horas depois pelo juiz Sérgio Moro, faz com que a Lava-Jato comece, definitivamente, a trilhar por um caminho que extrapola os limites do financiamento para campanhas eleitorais. Ao pedir a detenção do mais longevo dos ministros da Fazenda, ex-ministro do Planejamento e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Justiça e o Ministério Público colocam em dúvida toda a política econômica elaborada ao longo do governo petista.
Mantega esteve por trás, ou foi o mentor, do grande conjunto de políticas de desonerações da história recentes do país. Entre 2010 e 2015 — último ano do governo Lula e primeiros quatro de Dilma Rousseff — foram concedidos R$ 501,42 bilhões em desonerações. Mantega é acusado pelo empresário Eike Batista de ter pedido, em seu gabinete de ministro da Fazenda, em 2012, uma ajuda de R$ 5 milhões para quitar contas do PT. Só neste ano, foram R$ 142,5 bilhões em desonerações.
EXPORTAR É PRECISO – Da mesma forma, como ministro da Fazenda no auge da crise econômica de 2008-2009, escolheu as políticas de incentivo e as voltadas para exportação. Sob o comando do ex-presidente Lula, foi traçada a estratégia das campeãs nacionais — empresas, de diversos setores, que despontariam como as mais fortes e que teriam atenção especial do governo para se desenvolver, com crédito mais acessível e condições de pagamento facilitadas junto ao BNDES.
As empresas do Grupo X estavam entre as campeãs nacionais escolhidas pelo governo, bem como a Oi — que decretou falência recentemente — e a JBS Friboi, que tem sido alvo de constantes investigações da força-tarefa de Curitiba. “Eike ganhou muito dinheiro com suas operações e também perdeu praticamente tudo. Quanto dessa ascensão e queda tem a ver com a relação tão próxima com a máquina pública?”, questionou um analista de mercado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os aspectos mais tenebrosos na política econômica do PT são as vendas das Medidas Provisórias para favorecer setores empresariais, assim como o balcão de negócios montado no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão subordinado ao ministro da Fazenda e que anistia as dívidas tributárias de grandes corporações). Quando Mantega assumiu a presidência do BNDES, seu antecessor Carlos Lessa avisou que se tratava de um brasileiro com “b” minúsculo. Infelizmente, Lessa acertou em cheio(C.N.)
23 de setembro de 2016
Paulo de Tarso LyraCorreio Braziliense

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