"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

MEMÓRIA: NA ELEIÇÃO DE 2010, CUNHA DEFENDIA DILMA ROUSSEFF JUNTO AOS EVANGÉLICOS DO RJ




Aliadíssimo, ele ficou encarregado de convencer os fieis a votarem na petista. Não adianta o PT negar.

Como sempre, a prática da esquerda (no geral) e dos petistas (em especial) é criar narrativas, independentemente dos fatos. Como Eduardo Cunha e Dilma Rousseff romperam, trataram de refazer a história de modo que parecessem inimigos permanentes.

Mas, claro, nunca foram. Ao contrário, foram aliadíssimos. No primeiro post da série, mostramos as duas tentativas de fazer um acordo com o peemedebista. A primeira foi de Dilma; a segunda, de Lula. Não deu certo, rolou o impeachment, depois a cassação de Cunha e o resto é história.

Agora, um resgate no mínimo curioso. Em 2010, cabia justamente a Eduardo Cunha fazer campanha para Dilma Rousseff junto aos evangélicos do Rio de Janeiro. Ele era candidato a Deputado Federal, pelo aliadíssimo PMDB, e ficou encarregado dessa missão.

Vale conferir alguns trechos da reportagem publicada na Folha de São Paulo em 11/10/2010:

“Eduardo Cunha vai a templos defender Dilma contra boatos – Campanha de petista escala aliados para percorrer igrejas no RJ – Para tentar estancar a perda de votos entre os evangélicos, a campanha de Dilma Rousseff (PT) escalou aliados para percorrerem igrejas no Rio de Janeiro. Ontem e anteontem, os deputados federais Eduardo Cunha (PMDB) e Felipe Pereira (PSC) visitaram templos da Assembleia de Deus, denominação com o maior número de fiéis no país. Cunha, que é da igreja Sara Nossa Terra, disse ontem em Madureira (zona norte da cidade) que a petista é contra o aborto e que informações que circulam na internet “não passam de uma onda de boatos plantados pelos adversários”. Reeleito com 150 mil votos, ele é um dos parlamentares mais influentes do PMDB, e próximo do candidato a vice de Dilma, Michel Temer (…) O deputado negou que a candidata do PT tenha dito que “nem Jesus Cristo me tira essa vitória” -frase atribuída a Dilma na internet. “Se aparecer uma gravação dela dizendo isso, eu até mudo meu voto….” (grifos nossos)

E agora? Vão insistir na narrativa de que Cunha não seria um aliado? A verdade aparece sempre.


15 de setembro de 2016
implicante

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