O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso defendeu na terça-feira, dia 13, o fim do foro privilegiado, argumentando que na Justiça brasileira hoje a regra é a impunidade, porque somente os pobres são condenados. Defendeu também a necessidade de um reforma política ampla e o combate à corrupção como prioridades de uma agenda para o País. “Há uma necessidade imperativa de acabar com a multiplicação de partidos que vivem como legendas de aluguel, unicamente para arrecadar recursos do Fundo Partidário e vender seu tempo de rádio e TV”, disse Barroso em São Paulo, onde participou de um congresso de empresários.
Uma reforma política, para o ministro do Supremo, deve ser baseada principalmente na redução do custo das eleições e da diminuição do número de partidos – atualmente, há 35 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
INOPERÂNCIA – Em relação à corrupção, Barroso afirmou que o foco deve ser o combate à impunidade, que, segundo ele, alimenta a reincidência de fraudes no País. “Nós temos um sistema punitivo que deixou de funcionar, que só prende pobres e não serve para prevenção da delinquência. A impunidade se tornou a regra.”
Ao falar da importância do combate à desigualdade social, Barroso fez, mais uma vez, críticas ao foro privilegiado, concedido a autoridades que são julgadas por tribunais superiores em razão da função que exercem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Depois da mancada ao forçar a mudança no rito do impeachment, é preciso reconhecer que Barroso está tendo uma conduta exemplar, ao denunciar a inoperância da Justiça e do próprio Supremo, mas ninguém parece ouvi-lo. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Depois da mancada ao forçar a mudança no rito do impeachment, é preciso reconhecer que Barroso está tendo uma conduta exemplar, ao denunciar a inoperância da Justiça e do próprio Supremo, mas ninguém parece ouvi-lo. (C.N.)
15 de setembro de 2016
Deu no Correio Braziliense
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