A tentativa do PT e de Dilma de fazer a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) ser transformada numa “instância de recurso” contra o impeachment, além de inútil, contraria um dos valores mais caros à diplomacia brasileira, que jamais tolerou intervenção de organismos internacionais em nossos assuntos internos. Realmente, tratase de uma ingerência descabida e totalmente despropositada.
Lembrem-se de que a então presidente Dilma não deu a mínima, exceto uma “banana”, quando a OEA exigiu a suspensão da obra da hidrelétrica de Belo Monte. E ainda retirou de lá o embaixador, por três anos. Por aí se vê que nem ela própria levou a sério a Organização dos Estados Americanos, aonde agora recorre, para alegar que o impeachment é um “golpe”.
A informação é do jornalista Claudio Humberto, em seu site Diário do Poder. O embaixador Ruy Casaes é quem foi chamado de volta, em protesto contra a intromissão da OEA. Ele se aposentou sem retomar o posto. A presidente ora afastada realmente deixou o organismo sem embaixador brasileiro,durante um período de três anos.
Dilma Rousseff ficou tão irritada que no ano de 2014 pagou somente 1 dólar dos US$ 8,1 milhões da contribuição obrigatória do Brasil para manutenção da OEA. Nem a OEA e nem muito menos sua comissão têm a prerrogativa de suspender o impeachment, ao contrário do que afirmam afoitos e saltitantes petistas notórios por seu analfabetismo jurídico.
Sempre omissa quanto às graves violações de direitos humanos na Venezuela e em vários países que fazem parte da OEA, há muito sua caduca e inoperante comissão de Direitos Humanos perdeu autoridade moral para emitir qualquer parecer.
16 de agosto de 2016
José Carlos Werneck
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