Paes e Temer esqueceram que, a partir do momento em que o Rio foi definido como sede dos Jogos Olímpicos, o partido que administrou Estado e cidade foi o seu PMDB
Dilma viaja a São Bernardo para ser homenageada pelos alunos de uma faculdade – ainda bem que com dinheiro da vaquinha, não o nosso.
Em suas viagens a Porto Alegre, essas com dinheiro público, a presidente afastada leva duas malas grandes.
E daí? O presidente Michel Temer diz que o Brasil está preparado para enfrentar possíveis atos de terrorismo nas Olimpíadas do Rio.
Não está, e Temer sabe disso. É uma de suas grandes preocupações; mas que é que queriam que declarasse?
Com alguns dias de diferença, Temer garantiu “que os turistas podem ir ‘tranquilos’ ao Rio para a Olimpíada”.
Ir com tranquilidade, podem; os problemas são a permanência e o regresso.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse a verdade, que o Rio se preparou mal para o evento e pouco ganhará com os investimentos que fez. Levou paulada até explicar que tinha sido mal interpretado.
Aí sossegou. Falar a verdade tem alto custo político.
Paes e Temer esqueceram que, a partir do momento em que o Rio foi definido como sede dos Jogos Olímpicos, o partido que administrou Estado e cidade foi o seu PMDB.
Paes e Temer esqueceram que, a partir do momento em que o Rio foi definido como sede dos Jogos Olímpicos, o partido que administrou Estado e cidade foi o seu PMDB.
O Rio em que uma linda ciclovia durou menos de um mês, em que vigas de aço de 20 toneladas foram roubadas, em que o orçamento de um ano dura sete meses faz parte do prontuário do PMDB.
É por isso que, em qualquer página do jornal, em qualquer caderno de qualquer assunto, o tema seja sempre o mesmo: crime. É chato demais.
What I see
O substituto de Eduardo Cunha foi um Maranhão, sucedido por outro Maranhão, um mais fraquinho que o outro. Ministros e aliados de Temer estiveram ao lado de Fernando Henrique, de Collor, de Sarney.
Como diria o garoto do filme O Sexto Sentido, se os conhecesse, “I see dead people”.
Lé com lé
O primeiro chefe de Estado a ser recebido por Michel Temer deve ser o presidente suíço Johann Schneider Ammann.
Nada mais adequado: os dois representam o Estado, mas não governam.
Cré com cré
O vereador paulistano José Police Neto, do PSD de Kassab, teve uma ideia: pagar um pixulequinho com dinheiro público a quem for trabalhar de bicicleta, para desafogar o trânsito e reduzir a lotação dos ônibus.
É por isso que, em qualquer página do jornal, em qualquer caderno de qualquer assunto, o tema seja sempre o mesmo: crime. É chato demais.
What I see
O substituto de Eduardo Cunha foi um Maranhão, sucedido por outro Maranhão, um mais fraquinho que o outro. Ministros e aliados de Temer estiveram ao lado de Fernando Henrique, de Collor, de Sarney.
Como diria o garoto do filme O Sexto Sentido, se os conhecesse, “I see dead people”.
Lé com lé
O primeiro chefe de Estado a ser recebido por Michel Temer deve ser o presidente suíço Johann Schneider Ammann.
Nada mais adequado: os dois representam o Estado, mas não governam.
Cré com cré
O vereador paulistano José Police Neto, do PSD de Kassab, teve uma ideia: pagar um pixulequinho com dinheiro público a quem for trabalhar de bicicleta, para desafogar o trânsito e reduzir a lotação dos ônibus.
Partidos diferentes, cabeça igual: o prefeito paulistano Fernando Haddad, inimigo de Kassab e do PSD, aderiu na hora à ideia.
De certa forma, os políticos vão gostar: basta ligar a TV numa sessão do Congresso e ver quantos já pintaram os cabelos de amarelo, a cor de uma ciclovia com pouco uso.
Abundância exige abundância
Nunca ocorreu ao caro leitor perguntar-se o que é que leva pessoas de certa idade e ar exótico a pintar o cabelo de acaju, comprar um terno novo e gastar dinheiro para criar um partido, além de investir no horário gratuito de rádio e TV, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma nas eleições?
O jogo é complicado, pode envolver a cessão do horário de TV a outro partido, nunca, naturalmente, a leite de pato.
Abundância exige abundância
Nunca ocorreu ao caro leitor perguntar-se o que é que leva pessoas de certa idade e ar exótico a pintar o cabelo de acaju, comprar um terno novo e gastar dinheiro para criar um partido, além de investir no horário gratuito de rádio e TV, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma nas eleições?
O jogo é complicado, pode envolver a cessão do horário de TV a outro partido, nunca, naturalmente, a leite de pato.
Mas há como simplificá-lo, reduzindo embora os lucros: basta contentar-se com as generosas verbas do Fundo Partidário. No primeiro semestre deste ano, o Partido Novo, com zero deputados, recebeu R$ 527 mil.
O PSTU, sem deputados federais, recebeu R$ 1,2 milhão.
Dá para tocar a vida em defesa do povo sofrido.
Reduzindo a hemorragia
O presidente Michel Temer aguarda o fim do impeachment para reduzir um pouco essas despesas (que, a propósito, já têm alta programada pelo Congresso).
Dá para tocar a vida em defesa do povo sofrido.
Reduzindo a hemorragia
O presidente Michel Temer aguarda o fim do impeachment para reduzir um pouco essas despesas (que, a propósito, já têm alta programada pelo Congresso).
Em primeiro lugar, a cláusula de barreira. Partido, para que seu pessoal se eleja, terá de obter no mínimo 2% dos votos em nove Estados (as exigências deve crescer nas eleições seguintes).
Com isso, Temer espera reduzir os atuais 35 partidos a oito. Até o PCdoB estaria morto.
Por falar em sobrevivência
A informação foi enviada por um advogado gaúcho ao excelente portal “Espaço Vital”, do jornalista e jurista Marco Antônio Birnfeld. Diz o leitor que encontrou na segunda-feira, no portal do Banco Itaú, o seguinte aviso:
“Fique atento aos encargos para o próximo período (26/07/16 a 25/08/16): juros máximos: 17,52% a.m.; juros do contrato: 612,90% ao ano”.
Pergunta o leitor: “Que vai acontecer conosco e com nosso país?”
É isso aí
O que vai acontecer conosco e com nosso país é aquilo que já está acontecendo: inadimplência geral e paralisia total dos negócios Pior será quando o banco se oferecer para renegociar a divida:
Por falar em sobrevivência
A informação foi enviada por um advogado gaúcho ao excelente portal “Espaço Vital”, do jornalista e jurista Marco Antônio Birnfeld. Diz o leitor que encontrou na segunda-feira, no portal do Banco Itaú, o seguinte aviso:
“Fique atento aos encargos para o próximo período (26/07/16 a 25/08/16): juros máximos: 17,52% a.m.; juros do contrato: 612,90% ao ano”.
Pergunta o leitor: “Que vai acontecer conosco e com nosso país?”
É isso aí
O que vai acontecer conosco e com nosso país é aquilo que já está acontecendo: inadimplência geral e paralisia total dos negócios Pior será quando o banco se oferecer para renegociar a divida:
“Aproveite que o gerente ficou louco e regularize hoje mesmo a sua conta em condições muito especiais, criadas especialmente para você!!! Pague seu débito de dez mil reais em 24 suaves parcelas de dez mil reais cada uma!”
21 de julho de 2016
Carlos Brickmann
VEJA
21 de julho de 2016
Carlos Brickmann
VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário