MOTTA DEVE APRESENTAR PARECER NA PRÓXIMA SEMANA
Relator do pedido de quebra de decoro contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética, o senador Telmário Motta (PDT-RR) afirmou na manhã desta quinta-feira, 3, que a delação premiada que o petista está fazendo deve acelerar o processo de cassação dele. "Imagina, o cara se autoconfessa réu. Acho que sim (acelera a cassação)", disse o pedetista, que foi escolhido nesta quarta-feira, 2, relator do caso e deve apresentar o parecer sobre se admite a abertura do processo contra Delcídio na próxima quarta, 9.
Questionado se pode haver um espírito de corpo dos parlamentares para salvá-lo da punição, Telmário preferiu responder por ele: "Não aceito esse tipo de pressão. Não há nada no mundo que me faça aceitar. Vou agir na legalidade e com a minha consciência. Não há perigo de eu sofrer influência."
Em entrevista no corredor do Senado, Telmário fez questão de ressaltar que é vice-líder do governo Dilma no Senado para defender "as coisas importantes para o País, não para estar protegendo ninguém". "Fui eleito sem grupo político e financeiro combatendo a corrupção. Não serei passivo a tudo isso não. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém", afirmou ele, que é senador de primeiro mandato.
O pedetista ponderou ter votado contra a prisão de Delcídio em novembro por avaliar que ela não estava de acordo com a legalidade. Afirmou que era preciso ter havido o cometimento de crime flagrante e inafiançável, o que, a seu juízo, não ocorreu.
O senador do PDT adiantou que, após as notícias sobre delação, não vai procurar Delcídio por telefone nem vai receber qualquer telefonema dele. Telmário disse que o caso do petista será tratado "de forma transparente" e frisou que a "conversa" entre eles será por meio de documentos. Ele afirmou ter cancelado sua volta para Roraima e vai se debruçar sobre os autos do processo durante o fim de semana.
"A partir do relatório prévio, que tenho que entregar até quarta-feira, vamos ver se acata ou não e aí vai se abrir a oitiva", disse o pedetista, sem revelar qual posição tomará.
O senador do PDT disse que Delcídio telefonou para ele logo após Telmário ter cobrado explicações da tribuna da Casa sobre uma reportagem da Folha de S. Paulo em que o petista insinuava que poderia envolver outros senadores em irregularidades. Segundo ele, Delcídio disse que jamais faria isso, não tinha esse tipo de informação e que aquilo não era verdadeiro.
03 de março de 2016
diário do poder
FOTO: GERALDO MAGELA/ AGÊNCIA SENADO |
Relator do pedido de quebra de decoro contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética, o senador Telmário Motta (PDT-RR) afirmou na manhã desta quinta-feira, 3, que a delação premiada que o petista está fazendo deve acelerar o processo de cassação dele. "Imagina, o cara se autoconfessa réu. Acho que sim (acelera a cassação)", disse o pedetista, que foi escolhido nesta quarta-feira, 2, relator do caso e deve apresentar o parecer sobre se admite a abertura do processo contra Delcídio na próxima quarta, 9.
Questionado se pode haver um espírito de corpo dos parlamentares para salvá-lo da punição, Telmário preferiu responder por ele: "Não aceito esse tipo de pressão. Não há nada no mundo que me faça aceitar. Vou agir na legalidade e com a minha consciência. Não há perigo de eu sofrer influência."
Em entrevista no corredor do Senado, Telmário fez questão de ressaltar que é vice-líder do governo Dilma no Senado para defender "as coisas importantes para o País, não para estar protegendo ninguém". "Fui eleito sem grupo político e financeiro combatendo a corrupção. Não serei passivo a tudo isso não. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém", afirmou ele, que é senador de primeiro mandato.
O pedetista ponderou ter votado contra a prisão de Delcídio em novembro por avaliar que ela não estava de acordo com a legalidade. Afirmou que era preciso ter havido o cometimento de crime flagrante e inafiançável, o que, a seu juízo, não ocorreu.
O senador do PDT adiantou que, após as notícias sobre delação, não vai procurar Delcídio por telefone nem vai receber qualquer telefonema dele. Telmário disse que o caso do petista será tratado "de forma transparente" e frisou que a "conversa" entre eles será por meio de documentos. Ele afirmou ter cancelado sua volta para Roraima e vai se debruçar sobre os autos do processo durante o fim de semana.
"A partir do relatório prévio, que tenho que entregar até quarta-feira, vamos ver se acata ou não e aí vai se abrir a oitiva", disse o pedetista, sem revelar qual posição tomará.
O senador do PDT disse que Delcídio telefonou para ele logo após Telmário ter cobrado explicações da tribuna da Casa sobre uma reportagem da Folha de S. Paulo em que o petista insinuava que poderia envolver outros senadores em irregularidades. Segundo ele, Delcídio disse que jamais faria isso, não tinha esse tipo de informação e que aquilo não era verdadeiro.
03 de março de 2016
diário do poder
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