"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

CARROS DE COLLOR ESTÃO EM NOME DE EMPRESA E DE POSTO

FERRARI E LAMBORGHINI DEVEM MAIS DE R$ 330 MIL EM IPVA AO FISCO
EMPRESA ÁGUA BRANCA, DE COLLOR E ESPOSA, EM SÃO PAULO, É DECLARADA COMO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA, MAS NÃO HÁ PLACA DO GRUPO NO LOCAL (FOTO: PEDRO LADEIRA/FOLHAPRES)


Dois dos três carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal na Casa da Dinda estão em nome de uma empresa do senador Fernando Collor (PTB-AL). A Ferrari 458 Itália e o Lamborghini Aventador LP-700-4 Roadster, avaliados em R$ 4,3 milhões, foram financiados no Bradesco pela Água Branca Participações, segundo registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

A empresa, com capital social de R$ 1,3 milhão, tem sede numa casa do Jardim Europa, área valorizada de São Paulo. O senador e a mulher, Caroline Serejo Medeiros, constam como sócios.

A reportagem esteve no endereço e encontrou no local um escritório de advocacia que funciona em uma casa. A informação foi dada por interfone por um suposto funcionário do local. Questionado sobre quais advogados trabalhavam no escritório, ele se recusou a responder. Não havia no local nenhuma placa com o nome do grupo. Uma das vizinhas, que se identificou apenas como Cristina, disse que sabia quem eram os advogados, mas não quis passar os nomes "por respeito a eles".

A Água Branca foi declarada por Collor ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em sua última campanha. Os carros não figuram na lista de bens enviada pelo ex-presidente à Justiça. A estratégia de colocar patrimônio de uso pessoal em nome de empresas é usada por muitos políticos para não dar transparência à sua real condição financeira.

O senador afirmou, por meio de nota, que "é controlador e sócio majoritário da empresa Água Branca, conforme sempre devidamente declarado às autoridades competentes, inclusive por meio da sua declaração de Imposto de Renda (...). Tendo em vista se tratar de empresa de participações, vários ativos de uso do Senador estão nela registrados, inclusive carros".

Os três carros apreendidos pela PF têm débitos de IPVA que somam R$ 343,4 mil, conforme os Detrans de São Paulo e Alagoas. Os débitos, diz a nota do senador, "estão em processo de quitação". O Porsche Panamera S está registrado em nome da Jatobá Comércio de Combustíveis, cujos donos, Bruno Jatobá e Gabriel Jatobá Neto, não foram localizados pela reportagem. (AE)


16 de julho de 2015
diário do poder

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