As bobagens ditas pela chatíssima atriz Fernanda Torres inspiraram um artigo escrito por João Luiz Mauad no site do Instituto Millenium. De fato, a inconsistência intelectual da esquerdinha carioca é de doer.
Ela, a esquerdinha, acha que petrificar-se na obtusidade é coerência, a ponto de, como fez a ex-mulher de Chico Buarque, Marieta Severo, fugir de uma pergunta no Programa do Faustão para não criticar o governo Dilma.
Não é à toa que a UFRJ elegeu um esquerdista pré-1989 como reitor. Rio de Janeiro?
Dispenso:
Um amigo me enviou um texto do meu colega Alexandre Borges em que este fazia uma crítica, bastante pertinente, à inconsistência intelectual, ou, se preferirem, à incoerência da atriz e colunista de Veja, Fernanda Torres, que, em artigo recente, defendeu a legalização do Uber, uma ideia francamente liberal e bem distante do fetiche regulatório que povoa as mentes do pessoal de esquerda, grupo ao qual aquela escrevinhadora pertenceria.
Na verdade, esse tipo de inconsistência é bastante comum nos esquerdistas, a ponto de ser possível escrever um livro a respeito.
Para aqueles que ainda têm alguma dúvida, seguem abaixo 21 exemplos clássicos da inconsistência intelectual presente nas ideias da imensa maioria dos esquerdistas, ressalvando que esta relação não é, de forma nenhuma, exaustiva (contribuições à lista serão bem vindas):
Esquerdistas em geral acreditam piamente no chamado “consenso científico” a respeito do aquecimento global antropogênico e das mudanças climáticas, mas se recusam a levar em conta o mesmo “consenso” sobre a salubridade dos alimentos geneticamente modificados.
Esquerdistas em geral são a favor da liberdade de escolha da mulher em relação ao aborto, mas querem reduzir essa mesma liberdade quanto à escolha da forma de parto e, não raro, pregam que o governo interfira no mercado para limitar o número de cesáreas, que, segundo alguns especialistas, poderiam prejudicar o bebê. Tão preocupados com a saúde dos fetos e tão indiferentes à sua vida.
Esquerdistas em geral, acertadamente, acreditam que aumentos de preços, via impostos, incentivam a redução do consumo de cigarros, gorduras e açúcares, mas acham que aumentos no salário mínimo não terão qualquer conseqüência no consumo da mão de obra pouco qualificada. Para eles, a lei econômica da oferta e da demanda é opcional.
Esquerdistas em geral favorecem a liberação da maconha e de outras drogas, em nome da liberdade individual de escolha, mas estão engajados em verdadeiras “jihads” contra o cigarro, as guloseimas, os refrigerantes e as gorduras trans. Ou seja, a liberdade de escolha depende da substância e não do discernimento do consumidor.
Esquerdistas em geral consideram que as mulheres estão sub-representadas em diversas áreas da sociedade, como no Congresso Nacional e nos altos cargos de direção empresarial, e não raro defendem a implantação de políticas afirmativas (cotas) para “solucionar” o “problema”. Porém, não ligam a mínima que o mesmo aconteça nas prisões e nas profissões de alto risco, por exemplo, onde o número de homens é também muito maior que o de mulheres.
Esquerdistas em geral são defensores intransigentes da ecologia e da vida animal, a ponto de promoverem verdadeiros linchamentos públicos sempre que alguma empresa petrolífera é responsável por vazamentos de óleo, mas fecham os olhos ao intenso massacre de pássaros promovido, por exemplo, pelas hélices geradoras de energia eólica e pelas fazendas de energia solar, não por acaso as formas de energia de seus sonhos.
Esquerdistas em geral consideram que os menores de 18 anos – e maiores de 16 – estão aptos a votar, formar sociedades empresariais, ter vida sexual ativa e até mesmo dirigir automóveis, mas são ao mesmo tempo absolutamente imaturos e incapazes de assumir eventuais responsabilidades por seus delitos.
Esquerdistas em geral deram apoio solidário e irrestrito à decisão da maioria no plebiscito grego sobre a dívida pública daquele país, mas se recusam a aceitar o resultado do plebiscito brasileiro sobre o desarmamento.
Esquerdistas em geral são ferozes opositores do famigerado “consumismo desenfreado” praticado nas sociedades capitalistas, entretanto são os primeiros a propor políticas de incentivo que visem ao aumento do consumo, em períodos recessivos. Nessas horas, alguns chegam a apontar a poupança como ação antipatriótica.
Esquerdistas em geral costumam vituperar contra os altos salários dos executivos (vide o Movimento Occupy Wall Street), mas se calam diante dos altíssimos salários de seus artistas e desportistas prediletos, os quais, muitas vezes, ganham tanto ou mais do que aqueles.
Esquerdistas em geral reclamam dos altos preços dos produtos e serviços cobrados pelos gananciosos empresários capitalistas, ao mesmo tempo em que defendem, sistematicamente, o protecionismo mercantil, que reduz a concorrência e, consequentemente, ajuda a manter elevados os preços.
Esquerdistas em geral defendem, com justíssima razão, os direitos dos homossexuais, embora venerem alguns de seus maiores algozes, como Che Guevara e Fidel Castro, dois símbolos da perseguição contra os gays.
Esquerdistas em geral acham que a liberdade de expressão deve ser restringida quando, por exemplo, ela agride a imagem do Profeta Maomé, mas não estão nem aí para as agressões contra símbolos cristãos ou judeus.
Esquerdistas em geral foram às ruas e levantaram bandeiras a favor do impeachment constitucional de Collor, assim como passaram anos pedindo o impeachment de FHC, mas acusam de golpistas os que hoje pedem o impeachment de Dilma.
Esquerdistas em geral discursam contra os grandes conglomerados empresariais das economias capitalistas, mas não se cansam de apoiar políticas públicas de apoio às grandes empresas, não raro fomentadoras de monopólios e oligopólios, como as praticadas, por exemplo, pelo BNDES.
Esquerdistas em geral, em época de eleição, costumam elevar os eleitores à condição de sábios (especialmente quando votam majoritariamente neles), mas tratam esse mesmo eleitor como alguém totalmente incapaz de tomar as decisões mais comezinhas do dia-a-dia, devendo ser tutelado até mesmo a respeito do que comer, beber, ler ou assistir.
Esquerdistas em geral almejam viver numa sociedade sem distinção de classes ou raças, mas não raro são os primeiros a dividi-la de acordo com a classe social ou a cor da pele. Quantas vezes, você, amigo liberal, já foi chamado de “coxinha”, “burguês”, “branquelo” e outras alcunhas do gênero?
16 de julho de 2015
in blog do orlando tambosi
Um amigo me enviou um texto do meu colega Alexandre Borges em que este fazia uma crítica, bastante pertinente, à inconsistência intelectual, ou, se preferirem, à incoerência da atriz e colunista de Veja, Fernanda Torres, que, em artigo recente, defendeu a legalização do Uber, uma ideia francamente liberal e bem distante do fetiche regulatório que povoa as mentes do pessoal de esquerda, grupo ao qual aquela escrevinhadora pertenceria.
Na verdade, esse tipo de inconsistência é bastante comum nos esquerdistas, a ponto de ser possível escrever um livro a respeito.
Esclareço que não estou me referindo aqui à hipocrisia da sinistra, tão bem retratada por Rodrigo Constantino em seu já famoso “Esquerda Caviar”. Hipocrisia é agir de forma diferente daquilo que prega.
Quando falo de inconsistência intelectual, refiro-me apenas ao mundo das idéias, que se chocam muitas vezes de forma irremediável quando analisadas logicamente, nos levando a concluir que a filosofia dita progressista repousa muito mais em idiossincrasias e subjetividades do que propriamente no pensamento rigoroso.
Para aqueles que ainda têm alguma dúvida, seguem abaixo 21 exemplos clássicos da inconsistência intelectual presente nas ideias da imensa maioria dos esquerdistas, ressalvando que esta relação não é, de forma nenhuma, exaustiva (contribuições à lista serão bem vindas):
Esquerdistas em geral acreditam piamente no chamado “consenso científico” a respeito do aquecimento global antropogênico e das mudanças climáticas, mas se recusam a levar em conta o mesmo “consenso” sobre a salubridade dos alimentos geneticamente modificados.
Esquerdistas em geral são a favor da liberdade de escolha da mulher em relação ao aborto, mas querem reduzir essa mesma liberdade quanto à escolha da forma de parto e, não raro, pregam que o governo interfira no mercado para limitar o número de cesáreas, que, segundo alguns especialistas, poderiam prejudicar o bebê. Tão preocupados com a saúde dos fetos e tão indiferentes à sua vida.
Esquerdistas em geral são intransigentes defensores dos direitos da mulher e da igualdade de gênero nos países ocidentais, mas costumam fazer vista grossa ao que acontece com elas nos países islâmicos, onde muitas vezes são tratadas como escravas, privadas dos direitos individuais mais elementares.
Esquerdistas em geral, acertadamente, acreditam que aumentos de preços, via impostos, incentivam a redução do consumo de cigarros, gorduras e açúcares, mas acham que aumentos no salário mínimo não terão qualquer conseqüência no consumo da mão de obra pouco qualificada. Para eles, a lei econômica da oferta e da demanda é opcional.
Esquerdistas em geral favorecem a liberação da maconha e de outras drogas, em nome da liberdade individual de escolha, mas estão engajados em verdadeiras “jihads” contra o cigarro, as guloseimas, os refrigerantes e as gorduras trans. Ou seja, a liberdade de escolha depende da substância e não do discernimento do consumidor.
Esquerdistas em geral consideram que as mulheres estão sub-representadas em diversas áreas da sociedade, como no Congresso Nacional e nos altos cargos de direção empresarial, e não raro defendem a implantação de políticas afirmativas (cotas) para “solucionar” o “problema”. Porém, não ligam a mínima que o mesmo aconteça nas prisões e nas profissões de alto risco, por exemplo, onde o número de homens é também muito maior que o de mulheres.
Esquerdistas em geral são defensores intransigentes da ecologia e da vida animal, a ponto de promoverem verdadeiros linchamentos públicos sempre que alguma empresa petrolífera é responsável por vazamentos de óleo, mas fecham os olhos ao intenso massacre de pássaros promovido, por exemplo, pelas hélices geradoras de energia eólica e pelas fazendas de energia solar, não por acaso as formas de energia de seus sonhos.
Esquerdistas em geral consideram que os menores de 18 anos – e maiores de 16 – estão aptos a votar, formar sociedades empresariais, ter vida sexual ativa e até mesmo dirigir automóveis, mas são ao mesmo tempo absolutamente imaturos e incapazes de assumir eventuais responsabilidades por seus delitos.
Esquerdistas em geral deram apoio solidário e irrestrito à decisão da maioria no plebiscito grego sobre a dívida pública daquele país, mas se recusam a aceitar o resultado do plebiscito brasileiro sobre o desarmamento.
O importante não é a democracia, mas o resultado do pleito.
Esquerdistas (pelo menos alguns) concordam que a carga tributária brasileira é alta e acham que deveria baixar, mas não pensam duas vezes na hora de apoiar qualquer nova política pública que aumente os gastos do governo.
Esquerdistas em geral são ferozes opositores do famigerado “consumismo desenfreado” praticado nas sociedades capitalistas, entretanto são os primeiros a propor políticas de incentivo que visem ao aumento do consumo, em períodos recessivos. Nessas horas, alguns chegam a apontar a poupança como ação antipatriótica.
Esquerdistas em geral costumam vituperar contra os altos salários dos executivos (vide o Movimento Occupy Wall Street), mas se calam diante dos altíssimos salários de seus artistas e desportistas prediletos, os quais, muitas vezes, ganham tanto ou mais do que aqueles.
Esquerdistas em geral reclamam dos altos preços dos produtos e serviços cobrados pelos gananciosos empresários capitalistas, ao mesmo tempo em que defendem, sistematicamente, o protecionismo mercantil, que reduz a concorrência e, consequentemente, ajuda a manter elevados os preços.
Esquerdistas em geral reclamam da corrupção, mas nunca desistem de querer aumentar o poder e o dinheiro nas mãos dos governos. Privatização? Nem pensar!
Esquerdistas em geral defendem, com justíssima razão, os direitos dos homossexuais, embora venerem alguns de seus maiores algozes, como Che Guevara e Fidel Castro, dois símbolos da perseguição contra os gays.
Esquerdistas em geral acham que a liberdade de expressão deve ser restringida quando, por exemplo, ela agride a imagem do Profeta Maomé, mas não estão nem aí para as agressões contra símbolos cristãos ou judeus.
Esquerdistas em geral foram às ruas e levantaram bandeiras a favor do impeachment constitucional de Collor, assim como passaram anos pedindo o impeachment de FHC, mas acusam de golpistas os que hoje pedem o impeachment de Dilma.
Esquerdistas em geral discursam contra os grandes conglomerados empresariais das economias capitalistas, mas não se cansam de apoiar políticas públicas de apoio às grandes empresas, não raro fomentadoras de monopólios e oligopólios, como as praticadas, por exemplo, pelo BNDES.
Esquerdistas em geral são favoráveis à quebra de patentes farmacêuticas e, em muitos casos, até à sua completa extinção, mas costumam defender como intocáveis os direitos autorais de seus escritores e artistas preferidos.
Esquerdistas em geral, em época de eleição, costumam elevar os eleitores à condição de sábios (especialmente quando votam majoritariamente neles), mas tratam esse mesmo eleitor como alguém totalmente incapaz de tomar as decisões mais comezinhas do dia-a-dia, devendo ser tutelado até mesmo a respeito do que comer, beber, ler ou assistir.
Esquerdistas em geral almejam viver numa sociedade sem distinção de classes ou raças, mas não raro são os primeiros a dividi-la de acordo com a classe social ou a cor da pele. Quantas vezes, você, amigo liberal, já foi chamado de “coxinha”, “burguês”, “branquelo” e outras alcunhas do gênero?
16 de julho de 2015
in blog do orlando tambosi
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