DE QUEBRA, TRAZ COM EXCLUSIVIDADE O DEPOIMENTO DE LULA À POLÍCIA SOBRE CORRUPÇÃO.
Longe de querer tocar fogo no bunker a Dilma, a reportagem de Veja procura analisar a profunda e perigosa crise política e econômica com um viés de sensatez. Por enquanto isso é possível, mas a sensatez não é um estado de espírito prevalecente num partido revolucionário comunista como é o PT. É necessária uma rápida digressão:
O tal "sindicalismo de resultados" foi o eufemismo formulado pela engenharia social neocomunista que protegeu o PT para mais adiante abrir o espaço para a fundação do Foro de São Paulo, pelo próprio Lula guiado por Fidel Castro. Esse Foro foi fundado oficialmente em São Paulo em 1990, para transformar a América Latina numa extensão de Cuba e que haveria de proteger e manter a ditadura de Fidel Castro, que com a queda da URSS perdera o subsídio da ex-potência comunista. Em troca, Castro forneceria o sistema operacional, com base em mais de meio século de experiência em matar ideologicamente a democracia e eliminar dissidentes, para corroer os já combalidos pilares das instituições democráticas que sobreviviam então a duras penas na América Latina ao longo do processo de redemocratização continental no final do século passado. Este é o esquema que levou o PT ao poder e seus similares latino-americanos.
Anota com razão a reportagem-bomba de Veja que Dilma se encontra encurralada pela crise política, a paralisia econômica e os cofres vazios, mas parece incapaz de enxergar a realidade. Veja também destaca nesta reportagem de capa os motivos da insatisfação popular com o governo e as saídas possíveis, de uma reforma ministerial que aplaque os ímpetos conspiratórios de aliados à destituição da presidente por um processo de impeachment.
Como se pode notar, os "ímpetos conspiratórios" passam longe das ruas. Afloram nos discretos e assépticos gabinetes com aquele indefectível odor das repartições públicas no coração do Congresso. Neste caso, as ruas podem balizar os próximos passos de um PMDB indignado com a "ingratidão".
Embora a reportagem de Veja tenha em certa medida uma ponta de razão, isto é, quando postula equacionar a crise política e econômica sem o trauma de um impeachment, de forma apascentar o mercado com a construção de um ministério multipardidário, é também de difícil sustentação pois o PT idealiza obter o poder total, irrestrito e eterno. Lembrem-se que o PMDB pelas razões que todos conhecem não abrirá mão de seus objetivos. Assim, se estabelece um inevitável confronto.
Neste contexto sobra uma margem de manobra exígua e, dependendo das ruas, esse nó de indefinição poderá ser desatado. Se o PMDB abstrair-se da condição de fiador do poder petista, Dilma será simplesmente rifada sem maiores delongas.
O DEPOIMENTO DE LULA
Mas além da reportagem-bomba propriamente dita, o miolo de Veja desta semana está denso de informações exclusivas, como por exemplo a revelação do conteúdo do depoimento que Lula prestou à polícia sobre corrupção.
E, para que não fique nada de fora, Veja vai fundo também no que tange aos grupelhos de agitação comandados pelo PT, com uma reportagem intitulada "O MST mostra que é mesmo o braço armado dos governistas".
E tem muito mais. Como sempre Veja se mantém oferecendo um jornalismo que reporta e analisa os fatos. O discurso ideológico fica por conta do grosso da grande imprensa brasileira que continua mentindo e confundindo os leitores numa permanente e solerte operação de engenharia social que turva o juízo correto do que está acontecendo de fato no Brasil neste momento.
Seja como for, o certo é que o Brasil a partir de tudo o que está ocorrendo, não será mais o Brasil de há pouco. Dependendo do desfecho dessa crise política e econômica que ameaça toda a Nação, o Brasil poderá se constituir no elemento que mudará o destino de todo o continente Sul Americano.
Por tudo isso a edição de Veja desta semana é imperdível.
14 de março de 2015
in aluizio amorim
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