Coitado do Jango. Estava quietinho na fazenda dele, numa boa, quando o cunhadão degenerado, demagogo e oportunista, viu a chance de continuar tudo em família faturando o cadáver do Getúlio, que não tinha porra nenhuma de esquerda.
Mas esses detalhes pouco importam. O que interessa a esses grupelhos ávidos do poder (claro, pelo que ele proporciona) é usar qualquer coisa, não importa o quanto falso ou distorcido, em causa própria.
Aí, Getúlio, o caudilho inteligente e oportunista, mas sensível, virou ídolo da esquerda, pouco importando que tivesse prendido e executado uma porrada de comunas a soldo do famigerado Comintern.
Como sempre cafetões do mérito alheio, esses “pais dos pobres” esquecem que Getúlio, instituiu a Carta del Lavoro inspirado no fascismo de Benito Mussolini. Ele beneficiou, incontestavelmente, o operariado brasileiro. Mas não tinha nada com os extremos nem da esquerda nem da direita.
Quanto ao Jango, ele foi, sim, refém dos grupelhos que o manipulavam e empurravam a situações ridículas e contraditórias. Agora vem esse pessoal a botar glacê em uma historinha que soa muito engraçada se tivesse dois dedos de verdade.
“A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás!”
Ora, porra! Quem está fazendo isto desde que transformou a maior companhia brasileira em vaca magra depois de tanto sugar-lhe as tetas pela roubalheira, inconsequência, esbulho e incompetência senão a PeTralhada imunda?
É, realmente a história é cíclica.
Vi essa pelegada em 1963 empurrar o Brasil para o abismo. Agora, outra pelegada ainda muito pior, em pleno século das comunicações, depois que todos os regimes que dizem defender terem ido para o cacete, falidos e fracassados, tenta empurrar de novo o Brasil para o mesmo abismo idiota...
Gente que usa dos sofismas mais desonestos; que não entendem o papel da esquerda no diálogo democrático; que faz dos princípios da esquerda apenas degraus demagógicos para chegar na boca do cofre, essa gente tira da pauta a possibilidade do diálogo e reduzem o jogo democrático a zero.
Triste tentar o diálogo com quem não dá a verdade o mínimo crédito.
João Guilherme C. Ribeiro é Empreendedor Cultural.
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