"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de março de 2015

PETROLEIROS AVISAM QUE PETROBRAS VAI PROVOCAR DESEMPREGO



Trabalhadores da Refinaria de Duque Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, fizeram nesta sexta-feira (13) uma paralisação de quatro horas em defesa da Petrobras. Entre 5h e 9h, petroleiros, movimentos sociais e estudantes protestaram em frente a unidade, contra o anúncio de desenvestimento (venda de ativos) de US$ 13,7 bilhões da estatal e que provocará desemprego no país, na avaliação do sindicato da categoria.
Simão Zanardi, presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, estima que o desenvestimento anunciado semana passada desempregará cerca de 600 mil pessoas até meados de 2015. Se a meta da venda de bens for cumprida, a estimativa dele é que 1,5 milhão de trabalhadores diretos e indiretos da companhia ficarão sem emprego. “A Petrobras investe cerca de R$ 300 milhões por dia no país, se ela para, teremos demissões em cadeia”, afirmou.
No Rio de Janeiro, a maioria dos atingidos são do setor naval ou metalúrgicos desligados do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo Zanardi, entre os funcionários há a informação de que o Comperj será desativado até 2021. A estatal, procurada pela reportagem, não confirma essa intenção.
PRIVATIZAÇÃO
“Desenvestimento é privatização. A empresa está deixando de investir no Brasil. Já mandou dois navios para [serem construídos por trabalhadores em] Cingapura”, criticou Zanardi no protesto, que reuniu o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante da Juventude, estudantes secundaristas e o Centro Acadêmico de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, segundo os organizadores.
O plano de desenvestimento da Petrobras prevê a venda de bens nas áreas de exploração e produção no Brasil e no exterior, abastecimento e gás e energia. A companhia enfrenta alta no endividamento e tenta preservar o caixa e garantir investimentos prioritários.
Com o corte de gastos, o Sindpetro prevê a venda de navios da Transpetro, de refinarias e até de plataformas da estatal. “Não acreditamos em desenvestimento para salvar a companhia, mas em mais investimento para recuperar o crescimento”, frisou o sindicalista
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NOTA DA REDAÇÃO 
- Interessante que, na matéria, não há uma única menção a Dilma e ao PT. Parece que os petroleiros estão cobrando de Deus! (Antonio Fallavena)


14 de março de 2015
Isabela Vieira
Agência Brasil

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