"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de março de 2015

ATÉ O MST, DILMA?!

MANIFESTAÇÃO MOSTRA QUE ATÉ MESMO O MST CONDENA O GOVERNO DILMA


Eduardo Anizelli/Folhapress
Sindicatos e movimentos sociais alinhados ao governo federal que organizaram atos em 23 capitais aumentaram a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff ao incluir entre suas reivindicações nesta sexta-feira diversas críticas à condução da política econômica e ao ajuste fiscal.
Em vídeo divulgado na quinta (12), o líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile disse que o governo precisa abandonar a atual política econômica. E conclamou os militantes contra as elites que criam “um cenário de instabilidade política para que o governo se sinta acuado e implante o programa de ajuste neoliberal que é a pauta deles”.
Já Joaquim Pinheiro, membro da coordenação nacional dos sem-terra, disse que “não vai ter refresco” a favor do governo. “A política que a Dilma está aplicando é a do Aécio Neves [PSDB]. Temos que defender os nossos direitos.” Ele cobra que a petista se aproxime dos movimentos sociais revendo medidas anunciadas pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) que “atacam os direitos dos trabalhadores”.
TROCO NO DIA 15          
O MST avisou que as únicas defesas dos atos desta sexta seriam da Petrobras, dos direitos do trabalhadores, da reforma política e da democracia. Em sua fala, Stédile previu que “a burguesia vai tentar dar o troco no dia 15″, em referência ao ato pró-impeachment no domingo (15).
A maioria das entidades que foram às ruas nesta sexta se esquivou de declarar apoio explícito à presidente. “Não é um ato nem contra nem a favor do governo, mas sim pela normalidade da democracia”, diz Vagner Freitas, presidente da CUT, acrescentando:
“Todos sabem o engajamento político da CUT na eleição do ex-presidente Lula e no primeiro mandato da presidenta Dilma. Mas, neste momento, a leitura que fazemos é que o Brasil tem de voltar à normalidade. O fato é que a eleição acabou, não há terceiro turno.”

14 de março de 2015
Estêvão Bertoni, Claudia Rolli e Paula Sperb
Folha

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